Um tamanduá-bandeira albino, com cerca de cinco meses de vida e apelidado por Mojica, foi resgatado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), nesta semana, depois de cair em uma lagoa de decantação, no Distrito Industrial, em Cuiabá.
A Sema foi acionada por uma equipe da Policia Militar Ambiental, que foi chamada ao local assim que o animal foi encontrado.
O coordenador de Fauna e Recursos Pesqueiros da Sema, médico veterinário Eder Toleto, explica que, se for confirmado ser um animal albino, será o segundo em observação no mundo.
“É muito difícil que animais com essa anomalia genética sobrevivam em um habitat natural. São muitas limitações devido a sua sensibilidade na exposição ao sol, que causa queimaduras e tumor de pele, além de inibir a capacidade de camuflagem”.
O resgate do animal foi informado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no qual a Sema é partícipe do Plano de Ação Nacional para Conservação da Espécie. Segundo Eder, o procedimento é necessário para se confirmar a característica do animal. “Ele tem todas as características de um animal albino, mas é preciso realizar um mapeamento genético para confirmar”.
Debilitado, o tamanduá foi encaminhado a uma clínica veterinária conveniada, que o diagnosticou com broncopatia, uma alteração pulmonar provavelmente causada pela queda na água, além de verminose. Com dificuldade para comer, ele está recebendo uma alimentação preparada, mas bebe água espontaneamente. Ele está pesando 11 quilos.
Conforme a médica veterinária que acompanha o animal, Vanessa Barbosa Stragliotto, o tamanduá também apresenta baixa acuidade visual, porém mais exames serão realizados para confirmar.
“Pelo tamanho, ele deve ter entre quatro e cinco meses, é considerado jovem. Ele segue em observação devido à alta verminose e alteração pulmonar. A sexagem ainda está sendo realizada”.
O animal segue monitorado e em plena recuperação do quadro clínico para iniciar o processo de destinação para um local que possa ser cuidado para sua conservação e manutenção da espécie.
*Texto: Maricelle Lima Vieira | Sema- MT