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Página inicial > SEMA > Notícias > Engenheiros da Empaer lançam publicação sobre mata ciliar recuperada
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SEMA
Publicado: Quinta, 16 de Dezembro de 2010, 20h08 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 17h31 | Acessos: 794 | Categoria: Notícias
Edson Rodrigues/Secom-MT
mata.ciliar.ED Mata Ciliar

A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) lançou a publicação "Indicadores de Mata Ciliar Recuperada", dos engenheiros florestais Antônio Rocha Vital e Máyra Valdoveu. O trabalho de pesquisa começou em 1999, numa área de oito hectares, localizada no colégio Salesiano Santo Antônio, em Cuiabá, com a identificação de 358 árvores de 62 espécies diferentes.

Esse é o primeiro trabalho científico realizado em matas urbanas em Cuiabá e levou quatro meses para medir todas as árvores existentes na mata.

 

As matas ciliares são consideradas fonte de biodiversidade e elemento importante para manutenção das águas nos centros urbanos. Conforme Rocha, o objetivo do trabalho é demonstrar as condições de uma mata ciliar recuperada após 100 anos de isolamento. Há 11 anos foi efetuada a primeira medição da circunferência do tronco, sendo marcada com uma placa de alumínio, numerada e fixada na casca. Após esse período, as árvores cresceram em média 55 a 105 centímetros de circunferência e de 12 a 16 metros de altura, variando de espécies. "O trabalho permite afirmar que a mata está recuperada e cumprindo seu serviço ambiental", esclarece Vital.

Os engenheiros constataram que a recuperação tem sido feita com o plantio de diversas espécies arbóreas, dando suporte nas atividades de monitoramento anual e educação ambiental. Eles acreditam que a recuperação deve ser feita com práticas de replantio com espécies nativas, permitindo assim, a maior diversidade de recursos para animais que compõem esse bioma. Rocha enfatiza se houver algum resíduo de mata que possa funcionar como fonte de semente, a regeneração pode acontecer espontaneamente com o isolamento da área, obtendo maior diversidade de espécies arbóreas, arbustivas e herbáceas.

A engenheira Florestal da Empaer, Máyra Valdoveu, participou do trabalho de campo e verificou a incidência na mata das espécies de plantas como o angico (11%), mulateira (9%), bordão velho (5%), gonçaleiro (4%), louro (4%) e mamica de porca (4%). As espécies recentemente plantadas predominam as mudas de mulateira e do novateiro, plantas típicas do cerrado. Foi encontrado e distribuído pela mata árvores produtoras de fruto como jenipapo, bocaiúva, acuri, chico magro, fruta banana, cumbaru, feijão cru e jatobá.

Segundo Rocha, esse levantamento será repassado para os alunos do Colégio Salesiano, mostrando como recuperar áreas degradadas e matas ciliares com a ajuda e conscientização da população. Ele ressalta que na área também encontraram vários animais como macaco, morcego, esquilo, lagarto. As aves utilizam a mata como pouso provisório e até para montagem dos ninhos. Foram encontradas espécies como o biguá, coruja, joão de barro, gavião-carcará, japuíra, pica-pau e outros. Os interessados pela publicação podem entrar em contato com a bibliotecária da Empaer, Eunice Harumy Oda, pelo e-mail – eunice@empaer.mt.gov.br ou pelo fone: (65) 3613 1743.

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