Durante os dias de corrida contra a evolução do fogo, as equipes percorreram cerca de 2700 KM dentro do parque em três veículos Auto Rápido Florestais e lançaram aproximadamente 110.000 litros de água. Foram mais de 30 horas de combate aéreo com o avião tanque do CBMMT, construíram 15 km de linhas de defesa (aceiros) com a permanência de militares por mais de 80 horas na frente de combate.
Além do enfrentamento do fogo também foi feito o monitoramento preventivo com uma moto apropriada para o terreno e uma aeronave. “Somado ao esforço da equipe, o uso de estratégia de gestão de incêndios e a coordenação aérea dos trabalhos terrestres se mostraram fatores determinantes para o êxito da missão”, afirma o Tenente-Coronel BM Paulo Barroso, comandante do BEA.
O dano ambiental atingiu quase 5% do PE do Araguaia, o que corresponde a cerca de 12.000 ha do total de 223.200 ha da Unidade de Conservação. O incêndio de grandes proporções foi favorecido pelos ventos fortes, altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, devido aos mais de 90 dias sem chuva na região. Essas condições tornaram complexa a operação de supressão do fogo, que teve propagação inclusive por partículas incandescentes em nuvens de fumaça.
Apesar da dificuldade, o TC BM Gledson, Comandante da Operação, destacou como preponderantes para extinção de incêndios desta magnitude “a integração de esforços para proteção ambiental e as ações especializadas resultantes dos investimentos que o Corpo de Bombeiros vem fazendo na capacitação de sua tropa”.
Toda operação foi apoiada pela SEMA, SESP, CBMMT, Prefeitura de Novo Santo Antônio, ONG Aliança da Terra e agricultores da região. Equipes da ONG e unidades do CBM da região vão manter vigilância no pelos próximos dias.