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Página inicial > SEMA > Notícias > Pedra fundamental do Centro de Triagem de Animais Silvestres é lançada em Lucas do Rio Verde
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SEMA
Publicado: Terça, 08 de Agosto de 2017, 16h56 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 14h45 | Acessos: 285 | Categoria: Notícias
 
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A construção do Cetas terá investimentos de R$ 500 mil pela Sema e parceria de diversas instituições, entre elas, prefeitura municipal de Lucas do Rio Verde, MPE e ONG Amibem
A pedra fundamental do primeiro Centro de Triagem de Animais Silvestre (Cetas) de Mato Grosso foi lançada em Lucas do Rio Verde (a 334 km de Cuiabá). A obra deve começar neste ano graças a uma parceria entre o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Ministério Público Estadual (MPE), Organização não governamental (ONG) Amibem e a prefeitura da cidade.

 

 

O evento ocorreu durante a celebração do aniversário de emancipação de Lucas do Rio Verde, promovida no último sábado (05.08), quando o vice-governador e secretário da Sema, Carlos Fávaro, anunciou o repasse na ordem de R$ 500 mil para construção do Cetas.

O Centro de Triagem será construído em um espaço de 1 hectare, sendo 0,5 ha de área aberta e 0,5 ha de mata, doado pela prefeitura. Além dos R$ 500 mil para início das obras, a Sema e o MPE viabilizarão madeira de apreensão proveniente de ações de fiscalização da secretaria e do Ibama para a edificação dos recintos. A gestão do local será realizada pela ONG Amibem, com apoio de voluntários.

Para Fávaro, os animais silvestres são importantes para manutenção da biodiversidade que é riquíssima. Ele acredita que ter um local apropriado para o resgate e os primeiros atendimentos é imprescindível no trabalho de conservação do meio ambiente. “Nosso estado vizinho, Mato Grosso do Sul, tem 11 Cetas, o que tem servido de estímulo para que possamos mudar a nossa realidade e avançar, afinal, temos uma rica biodiversidade que merecer ser tratada com o máximo respeito e prioridade”.

Lucas do Rio Verde tem uma tradição em políticas voltadas ao desenvolvimento sustentável, um exemplo disso é o Código Florestal Brasileiro, que teve sua semente extraída de Lucas do Rio Verde, quando ainda era o programa Lucas Legal, transformando-se em MT Legal e por fim o Código com diretrizes na área do meio ambiente para todo o país. “Agora estamos dando o segundo passo rumo aos avanços na área da pesquisa na cidade”, afirmou o prefeito de Lucas do Rio Verde, Luiz Binotti.

Binotti e Fávaro acreditam que o Cetas pode se transformar futuramente em uma grande oportunidade de hospital veterinário, atraindo assim o curso de Medicina Veterinária. A presidente da Amibem, Roseana Oliveira, avalia positivamente essa parceria e acredita que o Cetas possibilitará a conscientização das pessoas para que abandonem o hábito de explorar os outros seres. “Ao invés de manter zoológicos ou mesmo pássaros em gaiolas, nossa perspectiva é que queiram apreciá-los livres na natureza”, explica Roseana.

Sobre o resgate

Os animais resgatados em Mato Grosso são destinados provisoriamente para os recintos mantidos pela Sema no Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA). Atualmente, o local abriga cerca de 150 animais provenientes de resgates ou entrega voluntária.

Assim que é resgatado, se o animal estiver com alguma fratura ou debilitado ele passa por uma avaliação clínica no Hospital Veterinário da UFMT ou da Unic. Caso esteja apto para voltar à natureza, ele é solto, mas se estiver domesticado ou com alguma deficiência física que o impossibilite de ser reintroduzido no habitat natural, tem que ser mantido no Batalhão e disponibilizado para guarda provisória ou enviado para criadouros.

Por enquanto, a Sema não possui um Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), por isso alguns são encaminhados para instituições com uma metodologia de criadouro conservacionista, em que o animal passa por um processo de reabilitação e, posteriormente, reintrodução na natureza. Essas instituições também têm a finalidade de reprodução para perpetuação da espécie, a fim de não perder aquele patrimônio genético.

Mesmo sem muita estrutura, a Sema resgatou e abrigou, nos últimos dois anos, 1.420 animais, a maioria vítima de atropelamento em rodovias. Até 2012, a gestão da fauna era realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Mas há quatro anos passou a ser executado pela Sema em atendimento à Lei Complementar nº 140, da Presidência da República.

Novos Cetas e Cras

A proposta da Sema é ter cerca de cinco Cetas e Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) em várias regiões do estado. O Governo cedeu recentemente uma área de 38 hectares localizada na antiga Rua 1, Setor F, no Centro Político Administrativo, em Cuiabá, para construção do primeiro Cras de Mato Grosso. O termo de cessão foi assinado pela Secretaria de Estado de Gestão (Seges) no dia 08 de julho deste ano.

Além disso, a unidade do Batalhão em Várzea Grande também passará por melhorias. Ela será transformada em um Cetas, onde os animais resgatados terão o primeiro atendimento e depois serão designados para o Cras. Os investimentos para reforma do local somam R$ 1,5 milhão proveniente de compensação ambiental. Também está no cronograma da Sema a implantação de outros centros nos municípios de Rondonópolis, Barra do Garças e Sorriso.

 

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