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SEMA
Publicado: Sexta, 30 de Junho de 2017, 21h59 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 15h01 | Acessos: 188 | Categoria: Notícias

 

 
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Depois pelo menos 15 horas de viagem, o animal já está na Associação Mata Ciliar (AMC), onde passam bem e iniciará um processo de reabilitação.

O filhote de onça-parda de seis meses que saiu na tarde desta quinta-feira (29) do recinto para animais silvestre mantido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) no Batalhão dePolícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA), em Várzea Grande, já chegou à Associação Mata Ciliar (AMC), situado em Jundiaí, no Estado de São Paulo.

De acordo com a médica veterinária da Sema, Isabela Ferreira, a viagem transcorreu de forma muito tranquila. O animal chegou nesta sexta-feira (30), por volta das 8h, passa bem e se prepara para o processo de adaptação ao novo lar.

A onça foi resgatada com 70 dias de vida, em fevereiro, no município de Paranatinga (746 km de Cuiabá), pelo BPMPA em parceria com a Sema. A tenente do Batalhão, Patrícia Mendes, lembra que trabalhadores rurais a encontraram em uma fazenda de soja, cuidaram dela por três dias e, sem saber o que fazer, acionaram as entidades competentes. A suspeita é de que a mãe do filhote tenha sido morta.

A AMC fica em um cenário florestal e possui uma metodologia de trabalho voltada para a reabilitação dos animais silvestres. Nesse processo os animais são destinados para recintos de pré-soltura, onde exercitam seus músculos, caçam e são estimulados a desenvolver o comportamento natural da espécie. Alguns indivíduos são monitorados via rádio-colar com GPS, fornecendo importantes dados científicos.

Assim que a onça estiver reabilitada ela voltará para o seu estado de origem para ser reintroduzida na natureza. “Muitos bichos que resgatamos não possuem mais as habilidades de um animal silvestre e a ida para estas entidades é importante para que eles saibam sobreviver em seu habitat natural, caso contrário, se forem soltos como estão, eles correm risco de morte”, explica Isabela.

A associação

A AMC nasceu em 1987 com a preocupação pela conservação dos cursos de água no interior do estado de São Paulo, um recurso natural que, naquela época, já sofria com a falta de planejamento do poder público e conscientização da sociedade.

E para recuperação das áreas degradas e das matas ciliares, o local desenvolve um programa de produção e plantio de mudas nativas. Em 1997, a associação iniciou os trabalhos com a fauna através do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) e com o Centro para Conservação dos Felinos Neotropicais (Centro de Felinos).

Sobre o resgate

Os animais resgatados em Mato Grosso são destinados provisoriamente para os recintos mantidos pela Sema no BPMPA. Atualmente, o local abriga 123 animais provenientes de resgates ou entrega voluntária. Assim que é resgatado, se o animal estiver com alguma fratura ou debilitado ele passa por uma avaliação clínica no Hospital Veterinário da UFMT ou da Unic.

Caso esteja apto para voltar à natureza, ele é solto, mas se estiver com alguma deficiência física que o impossibilite de ser reintroduzido no habitat natural, tem que ser mantido no Batalhão e disponibilizado para guarda provisória ou enviado para criadouros.

Por enquanto, a Sema não possui um Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), por isso alguns são encaminhados para instituições com uma metodologia de criadouro conservacionista, em que o animal passa por um processo de reabilitação e, posteriormente, reintrodução na natureza. Essas instituições também têm a finalidade de reprodução para perpetuação da espécie, a fim de não perder aquele patrimônio genético.

Balanço

Em dois anos, a Sema em parceria com o BPMA resgatou 1.420 animais silvestres em Mato Grosso. Desse total, cerca de 150 estão no centro de triagem da sede do Batalhão, em Várzea Grande, outros 1.075 foram soltos na natureza, 49 destinados para criadouros ou guarda provisória e cerca de 140 vieram a óbito.

Denúncia

Embora neste caso os trabalhadores rurais tenham feito o resgate do filhote, a Sema orienta que quem presenciar atropelamentos ou outras situações como esta, de abandono, tenha cuidado. Alguns animais silvestres oferecem riscos, especialmente quando machucados. Para outras informações ou mesmo resgate, a Sema orienta ligar para o número 190 da Polícia Militar. Em caso de dúvida, fale na Coordenadoria de Fauna: (65) 3613-7291.

 

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