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SEMA
Publicado: Segunda, 19 de Dezembro de 2016, 20h22 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 15h03 | Acessos: 241 | Categoria: Notícias

 

Foto: Rose Domingues
a-reuniaoandrbaby Equipe da Sema esteve reunida com o diretor executivo do Earth Innovation Insttitute, Daniel Nepstad, para tratar de uma proposta coletiva entre os estados da Amazônia ao GCF (Força Tarefa dos Governadores para o Clima)

O secretário executivo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), André Baby, esteve reunido com o diretor executivo do Earth Innovation Institute (EII), Daniel Nepstad, renomado cientista e estudioso das mudanças climáticas para tratar de uma proposta de projeto coletivo entre os estados da Amazônia. O objetivo é fazer a captação de recursos que visam prioritariamente a redução do desmatamento ilegal junto ao Fundo GCF (Força Tarefa dos Governados para o Clima).

Embora os estados não tenham obrigação de aderir à proposta, André Baby pontua que Mato Grosso reconhece a importância da união de esforços nesse contexto de desenvolvimento sustentável. “Juntos temos muito mais força para planejar e executar as ações de proteção da nossa biodiversidade, valorização da floresta e inclusão social necessária a povos indígenas, populações tradicionais e pequenos agricultores”.

A proposta de Mato Grosso concorrerá com outras inscritas, com investimentos entre 600 mil e 1 milhão de dólares para investimentos nas ações previstas do edital da janela 2 do GCF. Entre elas estão: redução do desmatamento; parcerias com o setor privado destinadas a cadeias produtivas livres de desmatamento; e canalização de parte dos fundos para povos indígenas, pequenos produtores e comunidades dependentes da floresta com base em desempenho.

Para Daniel, o estado deu um salto quando o governo apresentou em Paris, no ano passado, a agenda do Estado que envolve todos os setores, não apenas o meio ambientou ou agrícola. “Mato Grosso está bem posicionado no cenário mundial frente aos investidores e parceiros. A recente informação de que houve um recuo na taxa de desmatamento melhorou ainda mais a visibilidade do estado que, se fosse um país, estaria entre os cinco do mundo em redução dos gases do efeito estufa”.

Ele afirma que é importante para os países que comercializam com o Brasil saber que os produtos do estado vêm de produção sustentável. Elogiou ainda a proposta de soja sustentável e a implantação da estratégia PCI – Produzir, Conservar e Incluir. “Várias grandes empresas da Califórnia estão em busca de parceiros, já que precisam colocar em seus relatórios anuais que estão apoiando causas de redução dos gases do efeito estufa, Mato Grosso está a um passo de receber esse apoio”.

Também participaram da reunião realizada no dia 14 de dezembro, no gabinete da Sema, o pesquisador João Shimada, do EII, o coordenador de Mudanças Climáticas da Sema, Maurício Philipp, e a coordenadora de Gestão do Sistema REDD+ de Mato Grosso, Alcilene Freitas.

Sobre a proposta ao GCF

Refere-se, especificamente, à Janela 2 do Fundo, que visa desenvolver parcerias público-privadas que abordem a produção de commodities agrícolas como motor de desmatamento. Em linhas gerais, abrange o fortalecimento da marca GCF, bem como da marca de cada estado participante, além da implementação de um sistema de transação de carbono, uma plataforma de commodities sustentáveis e uma Plataforma online de MRV (monitoramento, reporte e verificação das reduções de emissões de CO2).

Queda no desmatamento

Com uma redução em 19% no desmatamento da Amazônia entre agosto de 2015 e julho de 2016, que significaram um recuo no desmatamento da floresta para 1.290 km², ante os 1.601 km² registrados no mesmo período do ano passado, conforme dados preliminares da Sema, o estado busca intensificar as ações que visam zerar o desmatamento ilegal. Mesmo com a diminuição, a Sema já anunciou no mês de novembro um plano de ações para intensificar o monitoramento, a fiscalização e a responsabilização aos crimes ambientais para o ano de 2017. Uma das propostas é montar uma base de operações de combate ao desmatamento ilegal em Colniza (a 1.065 km de Cuiabá), região noroeste, município que está em primeiro lugar no ranking do desmatamento nos últimos cinco anos.

 

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