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SEMA
Publicado: Segunda, 06 de Junho de 2016, 12h11 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 15h06 | Acessos: 194 | Categoria: Notícias

 

Jana Pessôa/Setas
a-andresemaempregoverde
Com a proposta de enfrentamento à crise econômica, sete secretarias estaduais se unem para implantar proposta inédita no país que propõe geração de emprego aliada às iniciativas de conservação ambiental.

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) vai integrar o programa Empregos Verdes, coordenado pela Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas) e que tem como proposta inicial identificar as ações desenvolvidas pelas entidades governamentais que incentivem a economia sustentável. A intenção é incluir as iniciativas em um projeto para enfrentar a crise financeira nacional.

O secretário executivo da Sema, André Torres Baby, frisa que a proposta da Setas significa um momento único para o Estado, que trouxe a pauta socioambiental como prioridade de governo. “A conservação do meio ambiente é uma temática transversal que precisa da atenção não só da Sema como também de outras instituições. E participar dessa discussão é muito gratificante porque vejo o anseio das pessoas em unir esforços em prol da causa ambiental”.

Ele lembra que o projeto vai ao encontro do plano Produzir, Conservar e Incluir (PCI), apresentado pelo governador Pedro Taques na Conferência do Clima (COP 21), em Paris, e que prevê o aumento da produção sustentável aliada à inclusão social e à conservação da floresta. “São os seres humanos que poluem e degradam a natureza, por isso é inevitável inseri-los nesse processo de crescimento econômico equiparado ao avanço da sustentabilidade”.

Esse programa será implementado em parceria com a Ação sobre Economia Verde (Page), que abrange agências da Organização das Nações Unidas (ONU), entre elas o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Além da Sema e Setas, integram o projeto as secretarias de Desenvolvimento Econômico, Agricultura Familiar (Seaf), Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Planejamento (Seplan), Cidades (Secid), Gabinete de Articulação e Desenvolvimento Regional e Assessoria de Assuntos Internacionais.

Conforme o secretário da Setas, Valdiney de Arruda, que lançou o projeto nesta quarta-feira (01.06), em uma reunião no Palácio Paiaguás, em Cuiabá, a visão sustentável como negócio é uma tendência mundial em que Mato Grosso não poderia ficar de fora. “Os países que superaram as dificuldades financeiras já possuem uma metodologia de trabalho baseada na conservação ambiental. E o Estado tem expertise para ingressar nesse sistema, várias entidades e órgãos do governo desenvolvem atividades baseadas nessa proposta. O que precisamos agora é fortalecê-las como política pública”.

De acordo com o coordenador nacional da OIT, Paulo Garcia de Souza, a Page está presente em dez países e Mato Grosso é o primeiro estado no Brasil a aderir ao programa. “O Estado só tem a ganhar. Estudos mostram que cinco novos postos de trabalho podem ser gerados por meio do Empregos Verdes. Isso mostra que aquele famoso dilema de que para gerar emprego é necessário destruir é falso, é possível conciliar a conservação ambiental com o crescimento econômico”.

 

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