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Página inicial > SEMA > Notícias > Tráfico de animais: Cobra resgatada nos Correios seria enviada a bairro de Cuiabá
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SEMA
Publicado: Segunda, 13 de Junho de 2016, 13h46 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 15h09 | Acessos: 236 | Categoria: Notícias

 

 

Joelson de Paula/Sema e BPMPA
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Um cobra corn snake, original dos Estados Unidos, conhecida no Brasil como cobra do milho, foi resgatada esta semana pela equipe do Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA) após funcionários dos Correis do bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, passarem uma das caixas em um aparelho de raios-x. A caixa veio de Landri Sales, no Piauí, com destino ao bairro Jardim Vitória em Cuiabá.  Ao perceber que havia um animal vivo no pacote, imediatamente a polícia foi acionada para fazer o resgate.

A cobra tem aproximadamente 32 centímetros de comprimento e ainda não chegou à fase adulta da espécie, que pode variar de 80 a 150 cm, e tem seu tempo de vida estimado entre 10 e 18 anos. Conforme o gerente de Fauna da Sema, sargento PM Joelson de Paula, essa espécie é considerada uma fauna invasora por não pertencer ao território brasileiro. Ele explica que para fazer o transporte de animais silvestres é necessária autorização do Ibama e, neste caso, a encomenda não tinha licença para transporte, por isso a apreensão é considerada tráfico de animais.

“Podemos considerar dois motivos pela qual essa cobra foi enviada pelo correio: o primeiro é para criá-la, já que é um animal exótico. O outro é o contrabando, em vista que a cobra é bonita, chama muita atenção dos criminosos e custa no mercado ilegal um valor de mil a quatro mil reais”. Segundo o gerente, o tráfico de animais silvestres é o terceiro mais rentável do país, ficando atrás apenas do contrabando de drogas e armas.

No mesmo dia do resgate, quarta-feira (08.06), a cobra foi encaminhada para o batalhão onde funciona o centro de triagem da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e depois irá para o centro de ofídios da Universidade Federal de Mato Grosso, até ser entregue ao Instituto Butantan, em São Paulo.

De janeiro a maio deste ano, o Batalhão Ambiental já identificou o transporte irregular de outros animais exóticos: quatro aracnídeos da espécie aranha marrom, duas cornes snakers e uma iguana. Apesar de difícil constatação, esses casos demonstram a ocorrência de tráfico interestadual de animais silvestres em Mato Grosso.

Em 2015, a Sema e o Batalhão Ambiental resgataram outra cobra corn snake, uma jiboia, uma iguana e um escorpião africano, dos quais esse último ficou sob os cuidados de um biólogo e pesquisador UFMT. Os animais exóticos resgatados são doados conforme o artigo nº 134 do Decreto n° 6.510/2008, que prevê a doação de animais domésticos e exóticos da fauna silvestre para jardins zoológicos, fundações, centros de triagem, criadouros regulares ou entidades assemelhadas. Embora seja um crime de tráfico interestadual de animais silvestres, como tem menor potencial ofensivo, se os responsáveis forem identificados cabe prisão de três meses a um ano, considerada uma pena leve, e multa.

Denúncias

A Sema orienta a quem presenciar atropelamentos ou ver que existe animal silvestre em cativeiro para denunciar. Não é necessário se identificar, basta ligar para o número 190 (Polícia Militar), ou (65) 3623-7681 (Dema). Em caso de dúvida, fale na Coordenadoria de Fauna: (65) 3613-7291/ faunaepesca@sema.mt.gov.br

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