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SEMA
Publicado: Segunda, 14 de Março de 2016, 13h03 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 15h14 | Acessos: 222 | Categoria: Notícias

 

Mayke Toscano/Gcom-MT
a-cargaperigosa
Equipe que compõe o grupo P2R2 de Mato Grosso cumpriu o protocolo de atendimento a um acidente envolvendo duas carretas, uma delas carregada de agrotóxico e a outra de combustível.

Depois de três dias de treinamento, os alunos do curso ‘Diretrizes de atendimento à emergência no transporte rodoviária com produtos perigosos – NBR 14064/2015’ participaram na manhã desta sexta-feira (11), no pátio externo da Arena Pantanal, em Cuiabá, de um exercício de simulação de acidente envolvendo duas carretas, uma delas de combustível e outra com embalagens de agrotóxico. A ação fictícia contou com equipamentos, roupas especiais e até com helicóptero para o resgate a uma das vítimas. A população acompanhou de longe, nas arquibancadas.

Sob a organização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), todas as instituições que compõem o Programa Estadual de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Químicas (P2R2) contribuíram com a prática do protocolo que envolveu comandos importantes, como sinalização adequada da rodovia, atuação das polícias rodoviária estadual e federal na interdição e isolamento da ‘zona quente’, comando do ação pelo Corpo de Bombeiros, descontaminação e resgate às vítimas, monitoramento ambiental da Sema e, por fim, a descontaminação do local.

O exercício contou com o apoio da concessionária de rodovias Rota do Oeste, da Usina Termoelétrica Mário Covas e dos técnicos de Atendimento à Emergências Químicas da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Cerca de 150 pessoas de diversas instituições que compõem o P2R2 participaram do curso que teve início na terça-feira (08). Também integram o P2R2 a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Corpo de Bombeiro Militar, a SES, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Defesa Civil do Estado.

De acordo com o Coordenador de Monitoramento da Qualidade Ambiental da Sema, o químico Sérgio Batista de Figueiredo, essa atividade avaliou o preparo da equipe que participou dos estudos teóricos para quando ocorrer um acidente de verdade eles possam atender adequadamente. “A intenção é dar efetividade à equipe multidisciplinar que pela primeira vez vai trabalhar junta, pois acidentes dessa natureza podem trazer graves riscos à população.”

Sobre o curso

Esse é o segundo treinamento realizado no Estado, mas o primeiro com a novas norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 14064/2015 -que estabelece requisitos e procedimentos operacionais mínimos a serem considerados nas ações de preparação e de resposta rápida aos acidentes envolvendo produtos que representam risco à saúde, à segurança pública e ao meio ambiente.

Mauro de Souza Teixeira, técnico da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), instituição que ministrou as aulas do curso, explicou que a simulação do acidente envolvendo material perigoso nas rodovias foi importante para mostrar a proporção incontrolável que uma situação como esta pode tomar. “São inúmeros os riscos à equipe e às vítimas quando um resgate é feito sem equipamentos e técnicas adequadas”. Ele alertou para o fato de ‘curiosos’ na pista.

Marco Antônio Lainha, também do Cetesb, ministrou as aulas ao lado de Mauro e destaca a importância das entidades que compõe o protocolo P2R2 estarem no mesmo nível de conhecimento. Ele pontua a necessidade de saber lidar com todo tipo de acidente. “O grupo tem que saber que 1 litro de gasolina tira a potabilidade de 1 milhão de litros de água. E se esse vazamento afetar um rio que abastece determinada cidade? Que decisão a equipe vai tomar? Então, além do meio ambiente, esses acidentes também envolvem a população e as entidades devem decidir suas ações em conjunto”.

 Nas estradas

O superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Arthur Preza, pontou que o Estado possui cerca de 4 mil quilômetros de rodovias federais e por elas passam milhares de carretas com defensivos agrícolas, combustível, fertilizantes, entre outros produtos perigosos. E para atender a demanda, ele acredita que o importante é ter um olhar diferenciado, oferecer ações integradas e rápidas.

As rodovias que recebem o maior fluxo de carretas são as BRs 163 e 364. Para o gerente de operações da Rota do Oeste, Fernando Milléo, empresa responsável por 850 km dessas duas rodovias e um trecho da BR 070 (entre Cuiabá e Várzea Grande), o curso será fundamental para orientar sobre os atendimentos que já têm sido realizados. Em 2015, a empresa registrou 3.200 acidentes, dos quais 44 envolvendo produtos perigosos nas três rodovias federais. Entre as cargas classificadas como perigosas, as que aparecem com maior incidência são: álcool etílico (12%), algodão (8%), líquidos inflamáveis (6%) e gás GLP (6%).

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