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SEMA
Publicado: Terça, 01 de Dezembro de 2015, 21h09 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 15h23 | Acessos: 64 | Categoria: Notícias

Governador Pedro Taques apresentará estratégia de MT durante Conferência Mundial do Clima, em Paris
Mato Grosso trabalha com o tripé: produzir, conservar e incluir - Foto por: José Medeiros/GCom-MT
Durante a Conferência do Clima (COP 21), que é realizada neste mês em Paris, na França, o Governo de Mato Grosso apresentará uma ousada estratégia para a redução de emissões de CO2 que pode chegar a seis giga toneladas, em 2030. Tudo isso aliado com o aumento da produção, conservação florestal, inclusão socioeconômica da agricultura familiar e populações tradicionais na luta pela sustentabilidade. O estado terá desmatamento zero já em 2020, dez anos antes da meta apresentada pelo Brasil.
Na visão de futuro a ser apresentada na COP 21, Mato Grosso trabalha com o tripé: produzir, conservar e incluir. Para o sucesso da estratégia, o Estado estima investimento total de R$ 39 bilhões, em 15 anos. Os recursos virão do Governo do Estado, Governo Federal, fundos de investimentos estrangeiros e da iniciativa privada. “A estratégia de Mato Grosso é ambiciosa e só é possível com essa união de forças”, declarou o governador Pedro Taques.
No eixo produzir, a estratégia prevê a substituição de 6 milhões de hectares de pastagens de baixo rendimento por cultivos de alta produtividade, sendo 3 milhões de hectares para grãos (soja, milho e algodão); 2,5 milhões de hectares para a pecuária e meio milhão para floresta plantada. O objeto neste primeiro eixo também é alcançar 6 milhões de hectares de florestas nativas sob manejo florestal sustentável.
“Vamos aumentar nossa produtividade sem derrubar uma árvore sequer. Existem estudos que mostram que dentro desses 40% de área que já estão em uso é possível usar 16 milhões de hectares para a produção. Hoje, Mato Grosso produz 52 milhões de toneladas de grãos, a estimativa é de que com o uso dessa área possamos chegar a 90 milhões de toneladas, quase metade das 200 milhões de toneladas que o Brasil produz atualmente”, disse Taques.
No segundo eixo, o conservar, a estratégia é de manter 60% de cobertura vegetal nativa. Ao mesmo tempo reduzir o desmatamento em 90% na floresta e 95% no cerrado. A meta também prevê o fim do desmatamento ilegal até 2020, além da compensação de 1 milhão de hectares de áreas passíveis de desmatamento legal e a recuperação de 2,9 milhões de hectares de Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL).
O Estado também vai cadastrar 90% dos imóveis rurais no Cadastro Ambiental Rural (CAR), até 2016, com a validação de 100% das inclusões até 2018. O mesmo eixo também prevê a regularização de 5,8 milhões de hectares de Reserva Legal, sendo que 1,9 milhão de hectares será feita recomposição até 2030.
A secretária de Estado de Meio Ambiente, Ana Luiza Peterlini, destacou que o governo já atua para elevar o número de imóveis rurais com o CAR. “Nós propomos a chegar com o desmatamento zero já em 2020, enquanto a União fez uma proposta de liquidá-lo em 2030, temos dez anos de vantagem. Além disso, o Governo Federal apresentou uma proposta de recuperar 12 milhões de hectares de passivos e nós vamos recuperar 2,9 milhões de hectares até 2030”, pontuou.
Inclusão social
A visão social não ficou de fora da estratégia e faz parte do eixo inclusão. O governo pretende trabalhar em dois sub-eixos: produção e inclusão no mercado e regularização fundiária.
Para aumentar a produção da agricultura familiar, o governo pretende ampliar o atendimento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) da agricultura familiar de 30% para 100% das famílias até 2030; e aumentar a participação da agricultura familiar no mercado interno de 20% para 70% até 2030.
Como consequência, o governo prevê a ampliação da participação dos produtos de agricultura familiar nos mercados institucionais de 15% para 30% até 2030 e se propõe a aumentar o acesso a crédito de R$ 411 milhões para R$ 1,3 bilhão/ano dentro de 15 anos.
O secretário de Agricultura Familiar e Regularização Fundiária, Suelme Fernandes, destacou o fato do Estado ter incluído na proposta as 109 mil famílias que vivem no campo, nos mais de 700 assentamentos presentes em Mato Grosso.
“Pela primeira vez a agricultura familiar pode sentar à mesa e participar das discussões que vão definir o seu futuro. Esse resultado tem a marca e a importante participação deste segmento organizado, isso é um diferencial na construção destas propostas que serão apresentadas por Mato Grosso.

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