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SEMA
Publicado: Quarta, 27 de Agosto de 2014, 22h40 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 16h37 | Acessos: 316 | Categoria: Notícias
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Madeireiras estão com atividades paralisadas após operção "Fluxo Verde"

Claúdia, MT - Sete pessoas do setor de madeireiras foram presas na operação "Fluxo Verde", desencadeada pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, nas cidades de Cláudia e União do Sul (620 e 719 km ao Norte), nesta quarta-feira (27.08). A operação também apreendeu cinco pás-carregadeira, dois caminhões, duas motocicletas, uma motosserra, uma espingarda de pressão, munições, CPU e diversos documentos.

Para ação da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), a Justiça decretou 13 mandados de prisão (5 dias), sendo sete deles cumpridos, e 18 mandados de buscas e apreensão cumpridos em nove madeireiras e nove residências.

As madeireiras tiveram as atividades paralisadas até a contagem dos produtos florestais estocados em seus pátios. O trabalho é feito por agentes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que irão aferir todas as toras e depois comparar a quantidade declarada no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Conforme o Ibama, caso a quantidade encontrada seja diferente da declarada, em número e espécie, os produtos serão apreendidos e a madeireira multada e até fechada. Já na primeira madeireira vistoriada, o Ibama estimou mais de 3 mil metros cúbicos de toras no pátio. A origem e a documentação serão averiguadas para comprovar a legalidade da madeira.

A Dema iniciou as investigações há quatro anos para apurar denúncias de crimes ambientais cometidos em uma propriedade de terra, de 27 mil hectares no município de União do Sul. "Estas terras estão sendo dilapidadas, o bioma da região está acabando, tamanha a depredação do meio ambiente", disse a delegada Maria Alice Amorim.

Conforme a delegada, desde o ano de 2012, a Dema instaurou 12 inquéritos policiais, mas ainda não havia causado efeito na repressão aos furtos, mesmo depois da prisão de mais de 20 pessoas, apreensão de cerca de 1.200 metros cúbicos de madeiras, 29 caminhões, tratores, motosserras e outras ferramentas apreendidas na fazenda de floresta nativa, que vem sendo loteada por quadrilhas que se beneficiam da madeira extraída ilegalmente. "A gente fez flagrante de pessoas que trabalhavam na mão de obra e não conseguia identificar os receptadores. O crime não parava porque tinha quem financiava", disse Maria Alice.

"O que precisava ser identificado é a madeireira, que alimenta o fluxo da extração, e existem propriedades que também praticam a retirada da madeira", afirma a delegada.

Conforme apurou a Polícia Civil, a madeira clandestina já sai documentada da região, devido agilidade da quadrilha, que com uso de notas fiscais frias consegue "driblar" a fiscalização durante o transporte nas rodovias. "A ideia da busca cautelar é identificar de onde vem esses documentos. Todo o esquema delituoso vai se esclarecido agora com o cumprimento dessas prisões temporárias e das buscas e apreensão", finaliza da delegada.

Os envolvidos no esquema de extração ilegal de madeira e legalização do produto podem responder por furto qualificado, receptação, formação de quadrilha, falsificação de documento, e vários outros crimes ambientais.

Os presos estão sendo interrogados na Delegacia de Polícia de Cláudia. Os maquinários e caminhões apreendidos estão no pátio da Prefeitura Municipal e as demais apreensões na Delegacia.

As ordens judiciais começaram a ser cumpridas deste às 6 horas da manhã, por cerca de 50 policiais da Delegacia do Meio Ambiente (Dema), Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Gerência de Operação Especiais (GOE), todas de Cuiabá.

A operação conta com o apoio do Ministério Público de Cláudia e do IBAMA.

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