A Associação PanAmazônia outorgou ao secretário de Estado do Meio Ambiente, José Lacerda, a medalha Grandes Amazônidas. A entrega, feita pelo presidente da entidade, professor Belisário Arce, foi no último dia 03 de junho, no Auditório do Senar, durante reunião que discutiu o tema “Amazônia, Meio Ambiente e Perspectivas”.
Lideranças políticas, representantes do setor privado e instituições de ensino e pesquisa prestigiaram o evento que discutiu as novas perspectivas no campo da ciência, no desenvolvimento da produção de medicamentos fitoterápicos e no aproveitamento sustentável dos recursos naturais da Amazônia.
Durante a palestra que proferiu em Cuiabá, o professor Belisario Arce explicou a atuação da PanAmazônia, uma associação civil de natureza privada, sem fins lucrativos ou político-partidários, dedicada a promover ações que “conduzam o despertar da sociedade amazônica para a importância de tomar em suas mãos as rédeas do presente e mudar a direção para um futuro promissor”.
Para o professor, a ferramenta para essa mudança é o empoderamento dos amazônidas, por meio da integração solidária dos povos que vivem nos oito países amazônicos, a promoção da cultura regional, assim como a valorização do homem e das instituições.
“É o pan-amazonismo solidário, ou seja, a integração dos indivíduos e instituições da Amazônia continental, de modo a criar sinergia e favorecer a superação dos desafios comuns a todos os povos amazônicos, que, hoje, separados por fronteiras nacionais, enfrentam os obstáculos ao desenvolvimento, isoladamente, com pouco ou nenhum sucesso”, explicou.
A MEDALHA
A Medalha Grandes Amazônidas, outorgada ao secretário de Meio Ambiente, José Lacerda, foi instituída em 2010, como reconhecimento a contribuição daqueles que trabalham em favor do bem comum dos povos amazônicos e da criação de uma Amazônia altiva, solidária, unida e forte.
A cada ano são outorgadas cinco medalhas para indivíduos, duas para instituições amazônicas (públicas, privadas, ou do terceiro setor), duas homenagem in memoriam, e uma na categoria Empresa Amiga da Amazônia (empresa não sediada na Amazônia, mas com atuação na região), o que resulta no número máximo de dez premiações.
Este ano entre os agraciados estão José Bernardo Cabral, a AmazonSat, a Universidad Técnica Particular de Loja – UTPL e a Força Sindical do Amazonas.
ESCRITÓRIO EM CUIABÁ
Em Cuiabá, o professor Belisário Arce, acompanhado do secretário José Lacerda, reuniu-se com o governador Silval Barbosa, para apresentar a missão e objetivos da Associação PanAmazônia.
Segundo ele, a ideia é de que seja inaugurado um escritório da associação em Cuiabá, com objetivo de promover a articulação necessária ao cumprimento de missão e dos objetivos da entidade, envolvendo indivíduos, empresas e instituições do Mato Grosso.
“Esse novo espaço se deve exclusivamente à articulação e ao empenho de nosso conselheiro, secretário José Lacerda”, contou Belisário Arce.
FITOTERÁPICOS
A outra palestra do seminário foi sobre “Meio Ambiente, Saúde e Fitoterapia”, tema do palestrante, professor Raimundo do Nascimento. Doutor e Mestre em Química pelo Instituto Militar de Engenharia, professor titular aposentado da Universidade Federal do Amazonas, o professor falou sobre as riquezas naturais da região amazônica e suas pesquisas sobre produção fitoterápica, de biocombustíveis, frutas da Amazônia, águas subterrâneas, entre outras.
Reconhecido mundialmente por suas pesquisas sobre meio ambiente e pelo tratamento e cura de vários tipos de câncer à base de fitoterápicos, o professor considera que o investimento pelo Brasil no setor de fitoterápicos colocaria nosso País à frente de países como os EUA, a França e a Alemanha.
“O Estado precisa valorizar os trabalhos de pesquisa que estão em curso no nosso pais”, destacou ele lembrando que vida saudável depende de um Meio Ambiente equilibrado.
Durante sua palestra ele falou também sobre mudanças climáticas, coleta de lixo e outras questões ambientais. “Todos esses problemas não dependem exclusivamente dos governos, a sociedade precisa se engajar na causa ambiental. É mais fácil evitar a poluição e outros problemas ambientais do que tratar os dejetos, por exemplo”.
