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SEMA
Publicado: Quarta, 26 de Março de 2014, 04h00 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 16h45 | Acessos: 1702 | Categoria: Notícias

Histórico do Dashboard of Sustainability (Painel de Sustentabilidade)

A noção de desenvolvimento sustentável tem sua origem mais remota no debate internacional sobre o conceito de desenvolvimento. Trata-se, na verdade, da história da reavaliação da noção de desenvolvimento predominantemente ligado à ideia de crescimento.

No início da década de 1980, a Organização das Nações Unidas - ONU retomou o debate das questões ambientais. Indicada pela entidade, a primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, chefiou a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento a fim de estudar o assunto, tendo como produto final desses estudos o documento intitulado “Nosso Futuro Comum”, também conhecido como Relatório Brundtland. Apresentado em 1987, o relatório propõe o conceito de desenvolvimento sustentável como sendo “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem às suas necessidades”.

O conceito de desenvolvimento sustentável provém de um longo processo histórico de reavaliação crítica da relação existente entre a sociedade civil e seu meio natural. Por se tratar de um processo contínuo e complexo, observa-se hoje que existe uma variedade de abordagens que procura explicar o conceito de sustentabilidade, não havendo, no entanto, um consenso. Apesar disso, existe a necessidade de se desenvolver indicadores e ferramentas que procurem mensurar o desenvolvimento sustentável.

Para responder a esta necessidade e harmonizar os trabalhos internacionais em indicadores de sustentabilidade, com foco nos desafios teóricos de criar um sistema simples, mas que ao mesmo tempo representasse a complexidade da realidade, o Wallace Global Fund iniciou um projeto, em colaboração com diversos especialistas, que resultou, em 1996, na criação do Consultative Group on Sustainable Development Indicators (CGSDI), o qual foi organizado desde o início como um sistema de trabalho baseado na internet, possibilitando a participação de membros de diversos países.

Depois de inúmeros debates conceituais sobre diferentes sistemas e discussões a respeito dos aspectos técnicos dos sistemas de indicadores, inclusive revisão de índices agregados já existentes, , o grupo decidiu pela criação e desenvolvimento de um sistema conceitual agregado que fornecesse informações sobre a direção do desenvolvimento e seu grau de sustentabilidade. Ele ficou conhecido como “compass of sustainability” e foi refinado durante todo o ano de 1998.

Em 1999 o grupo concentrou-se em conectar seu trabalho com a iniciativa de desenvolvimento de indicadores do Bellagio Forum for Sustainable Development. Como resultado dessa integração, esse grupo criou a metáfora do painel que resultou no modelo denominado “Dashboard of Sustainability”.

Inicialmente o sistema foi operacionalizado para a comparação de países a partir de 46 indicadores, que compunham as três dimensões utilizadas: a área de meio ambiente, com 13 indicadores, a área econômica, com 15 indicadores e a área social, com 18 indicadores. Esses indicadores formam a base de dados do Consultative Group on Sustainable Development Indicators, que cobre aproximadamente 100 nações.

O painel chamou a atenção internacional e faz parte dos dispositivos de sustentabilidade das Nações Unidas. Em 2003, como contribuição à Cúpula Mundial de Desenvolvimento Sustentável, do Canadá, expandiu-se o Dashboard para permitir a comparação de dados sociais, econômicos e ambientais dos últimos dez anos. A última contribuição do grupo foi o painel Metas de Desenvolvimento do Milênio (MDGs).

A Comissão de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável que trabalhou na construção desta publicação entendeu que os indicadores deveriam ser disponibilizados de uma forma visualmente simples para permitir sua consulta por toda a população. Neste contexto, optou pela utilização do “Dasboard of sustainability”, o qual passa a ser denominado ao longo desta publicação de Painel de Sustentabilidade, reconhecendo que o mesmo constitui uma importante ferramenta desenvolvida com a participação de pesquisadores de vários países e que, comparativamente com outros sistemas, apresenta vantagens. Segundo seus autores Peter Hardi e Jochen Jesinghaus, integrantes do CGSDI, o Painel de Sustentabilidade destaca-se em relação aos demais modelos pela investigação não somente de cada dimensão envolvida, mas também como estas dimensões interagem para determinar a sustentabilidade do sistema.

Outro ponto positivo é o fato da ferramenta apresentar visualmente os valores subjacentes da avaliação. Isto decorre da possibilidade de se observar individualmente a performance de cada um dos indicadores de um determinada dimensão, que são representados no painel, ao mesmo tempo em que é possível ter uma avaliação do conjunto de indicadores de forma agregada, fornecendo uma visão mais geral da dimensão.

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