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SEMA
Publicado: Segunda, 12 de Novembro de 2012, 15h18 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 17h13 | Acessos: 734 | Categoria: Notícias

Quatorze pessoas foram flagradas retirando madeira de uma área de floresta nativa, no município de União do Sul (719 km ao Norte), na madrugada de sábado (10.11), na operação “Ouro Verde”, deflagrada pela Polícia Judiciária Civil, em investigações da Delegacia Especializada do Meio Ambiente.

Os presos vão responder por furto qualificado de madeira, durante o período noturno, praticado por mais de duas pessoas, de forma continuada, além de crimes ambientais (armazenamento e transporte de produto florestal sem licença; uso de motosserra sem licença; e extração, corte e dano de vegetação em propriedade particular sem licença do órgão ambiental). Dentre os detidos estão quatro adolescentes que atuavam como motorista e tratorista do grupo. Os menores foram devolvidos aos pais.

Na ação, os policiais também apreenderam 8 caminhões, sendo 7 carregados de toras, um trator empilhadeira, 1 veículo Saveiro, duas motosserras e uma espingarda. A madeira equivale a mais de 80 metros cúbicos em toras derrubadas clandestinamente.

Há quatro dias na região, 12 policiais civis realizam incursões no meio da mata para flagrar a extração ilegal de madeiras, praticada por grupo contratado, segundo as investigações, por José Edmar Garcia, conhecido por “CDR”, que será indiciado nos autos do inquérito policial por crimes ambientais. De acordo com o delegado titular da Dema, Carlos Fernando Cunha, ele é apontado como o principal responsável por toda a derrubada de árvores da propriedade.

José Edmar Garcia morador da cidade de União do Sul era um simples mecânico que hoje acumula riqueza na localidade. Ele é o dono da empilhadeira e de dois dos caminhões apreendidos na operação policial e organiza a exploração da área, contratando pessoas para derrubar às arvores, aluga caminhões para transportar as toras até as madeireiras para onde é vendido o produto florestal.

Uma das estratégias adotada por ele é retirada da madeira no período noturno da floresta e a utilização de “olheiros” nas estradas para fugir da ação policial.

Conforme o delegado, as árvores retiradas são de alto valor comercial e quase não restam mais espécimes na área, devido à ação devastadora da floresta, ocorrida ao longo do ano. “Desta vez apreendemos pouca madeira, mas pegamos o pessoal trabalhando na área e confirmamos nos autos o mandante”, frisa o delegado Carlos Cunha.

O flagrante da última semana é o segundo efetuado pela Polícia Civil na mesma propriedade de Jacinto Simões, que por várias vezes denunciou a ação quadrilhas que atuam na exploração clandestina da floresta para abastecer madeireiras da região. Em setembro a Polícia Civil iniciou fiscalização na área de mais 20 mil hectares, dividida em várias fazendas e apreendeu mais de 600 metros cúbicos de madeira irregular.

Na ocasião, duas pessoas foram autuadas em flagrante por crimes ambientais e apreendidos dois tratores, três motosserras, 1 gerador de energia, 1 compressor de ar e um veículo Fiat Strada. Um dos presos era o tratorista que estava derrubando a madeira da área e o segundo um dos empreiteiros, pessoa que compra a madeira, contrata pessoas e coloca os tratores na floresta para o corte clandestino de árvores.

Participam da operação policiais civis da Dema, Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Gerência de Operações Especiais (GOE), e da Delegacia Especializada de São José do Rio Claro, com apoio da Delegacia do município de Cláudia.

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