Segundo o delegado titular da Dema, Carlos Fernando da Cunha Costa, a legislação ambiental prevê a destinação, por meio de doação, dos pescados apreendidos as entidades assistenciais, sem fins lucrativos. “Os peixes apreendidos devido ainda estarem frescos e próprios para o consumo são doados a entidades filantrópicas e assistenciais, até porque não temos onde armazenar, e como também a legislação permite esse tipo de doação, não nos custam nada fazermos esse gesto bonito, doando esses peixes a pessoas que precisam”, ressaltou.

Para a diretora Ilza Maria Rodrigo Lopes, da Casa de Amparo Esperança, situada no bairro Alvorada, a doação de 100 quilos de peixes é bem vida para a entidade, em razão de terem condições de comprar. “Para quem vive de doação, esse 100 quilos de peixe é muito bem vindo a nossa entidade, até porque não temos condições para ficar comprando peixe. Só tenho mesmo a agradecer à Dema por estar sempre nos ajudando com doações”, frisou Lopes.

Apesar da pesca ser uma das atividades mais antigas, parece que o tempo de prática ainda não foi suficiente para evitar que ela seja realizada de forma predatória. O pescado doado, nesta quinta-feira, foi apreendido na segunda-feira (17.10), em Cuiabá, na posse de Flávio de Almeida Brito, no momento em que ele abastecia uma peixaria no bairro Popular. A apreensão foi feita após uma denúncia anônima. Flávio foi detido e, posteriormente, liberado após pagar uma fiança de cinco salários mínimos.

De acordo com o delegado Cunha, os pescados foram apreendidos por estarem irregular. “Esses peixes foram pescados de maneira incorreta, e consequentemente ilegal, foram pescados com redes, além de terem dois peixes fora de medida, e isso é altamente agressivo ao meio ambiente”, disse.

As entidades beneficiadas foram a Secretaria Municipal de Educação - Creche Jamil Bioutros Nadaf -, Associação Beneficente de Amparo à Vida (Abavida), Associação Matogrossense dos Cegos (AMC), Casa de Amparo Esperança e Instituto dos Cegos do Estado de Mato Grosso (Icemat).