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Página inicial > SEMA > Notícias > Trabalho feito pelas artesãs de Mato Grosso vai estampar bolsas dos participantes do Conatus 2011
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SEMA
Publicado: Terça, 20 de Setembro de 2011, 13h01 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 17h49 | Acessos: 1028 | Categoria: Notícias
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Dona Pomba, artesã da comunidade de Bomsucesso

Com o objetivo de valorizar o trabalho tradicional das artesãs mato-grossenses, as bolsas que serão entregues aos participantes do II Congresso de Natureza, Turismo e Sustentabilidade (Conatus 2011) – evento que acontece em Cuiabá, de 23 a 27 a outubro -, estão sendo produzidas por tecedeiras dos Distritos de Bonsucesso e Limpo Grande, localizados no município de Várzea Grande, na Grande Cuiabá.

 Doze mulheres que dominam a arte da tecelagem, das comunidades ribeirinhas da margem direita do Rio Cuiabá, estão fabricando as 700 bolsas com temas da fauna e flora pantaneira e da cultura de Mato Grosso.

A sugestão de estampar o trabalho de tecelagem das artesãs de Bonsucesso e Limpo Grande nas bolsas do Conatus 2011 foi da Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema), que vem acompanhando a sua execução junto com a comissão organizadora do evento. “Entendemos que é fundamental a valorização do trabalho social agregado além de ser uma oportunidade para as artesãs repassarem a técnica para outras mulheres da comunidade, perpetuando um trabalho que é apreciado por turistas do mundo inteiro que visitam as comunidades”, afirmou a assessora especial Vânia Márcia Montalvão Guedes César.

O Conatus 2011 é um evento técnico-científico que irá reunir especialistas de renome nacional e internacional, para a discussão de questões ligadas ao turismo como promotor da conservação ambiental e da natureza.

Entre os objetivos do Conatus, uma iniciativa da Fundação Neotrópica do Brasil em parceria com o Governo do Estado, por meio das Secretarias de Estado de Meio Ambiente (Sema) e do Desenvolvimento do Turismo (Sedtur), Sebrae e Instituto Homem Pantaneiro, está contribuir para a construção de políticas públicas mais adequadas que conciliem a atividade turística e a conservação do seu maior potencial, que é o patrimônio natural, entre outras.

BOMSUCESSO - Situado a 15 quilômetros do centro de Várzea Grande, com 2.747 habitantes, o Distrito de Bonsucesso caracteriza-se por suas ruas estreitas que se alongam paralelamente ao Rio Cuiabá, por cerca de 1.000 metros. O Distrito foi criado pela lei nº 126, no dia 23 de dezembro de 1948 e confirmado pela lei 9.583 no dia 24 de dezembro de 1948.

No passado, Bonsucesso se destacou pelo excesso de peixes sempre recebendo muitos pescadores amadores e profissionais. No começo deste século ainda havia casas rústicas, onde eram consagradas as festas juninas, reunindo cantadores de cururu e dançadores de siriri.

Outro destaque na comunidade são as festas religiosas. A festa de São Pedro, santo padroeiro e protetor dos pescadores, movimenta a economia gerando empregos e atraindo turistas para a comunidade. O distrito mantém essa tradição há 31 anos consecutivos.

A comunidade de Bonsucesso desenvolveu sua vivência sustentada pela pesca e pela pequena lavoura de milho, fumo, hortaliças e cana, sendo esta última a mais significativa, em razão da produção de rapadura. Atualmente a comunidade conta com um pequeno comércio de mercearias, bares e peixarias que promovem o movimento turístico, transformando a pacata comunidade em um centro de gastronomia regional, onde é possível encontrar várias peixarias com pratos típicos e deliciosos.

O distrito, hoje, tornou-se rota turística, com restaurantes instalados à beira do rio Cuiabá. Esses estabelecimentos são adaptações das residências com varandas, ou mesmo mesas debaixo de frondosas árvores, onde os moradores servem os peixes da cozinha tradicional, verdadeira atração turística de toda região; além disso, a tradição da fabricação de redes e rapaduras ainda permanece e constituem também atrativos de Bonsucesso.

LIMPO GRANDE – A comunidade de Limpo Grande, localizada a 23 quilômetros do centro do município de Várzea Grande, é um pólo de produção de artigos que se distinguem pelo colorido do lavrado e pela firmeza da urdidura. Com cerca de 200 moradores aparentados entre si, a comunidade vive da agricultura, do pastoreio, da pesca e do trabalho temporário em fábricas de cerâmica e fazendas, ou ainda do trabalho em casas de família e da comercialização do artesanato, que envolve cerca de 40 redeiras.

O ofício das artesãs de Limpo Grande dá continuidade a um saber que vem sendo passado de mãe para filha, fortalecido, às vezes, pela confecção conjunta de peças quando duas ou mais redeiras se juntam para trabalhar em uma mesma rede. Assim formam as carreiras entre parentes ou entre comadres e vizinhas, que se dividem entre os afazeres domésticos e o tempo exigido pela tecelagem, já que uma rede pode levar até dois meses para ficar pronta.

As redes e outros artigos são bordados pelas redeiras e formam desenhos de tons fortes e vistosos, como flores, araras, papagaios, com predomínio do amarelo, do azul, do vermelho, do bege e do preto.

Mato Grosso abriga uma tecelagem artesanal reconhecida pelo colorido e técnica herdada dos índios e portugueses. A produção da rede cuiabana conserva ainda a técnica do tear vertical, herança da cultura indígena.

No site do Conatus 2011, www.conatus.org.br, é possível conferir um vídeo sobre o trabalho das mulheres tecedeiras de Bonsucesso e Limpo Grande, Várzea Grande, MT.

(Com informações da Assessoria/Conatus 2011)

 
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