Os proprietários das áreas já embargadas em razão de desmatamento ilegal terão suas licenças suspensas, perderão os benefícios do Programa de Regularização Ambiental (MT Legal) e Mais Ambiente, do Governo Federal, e ainda sofrerão sanções administrativas e criminais, garantiu o secretário de Estado do Meio Ambiente, Alexander Torres Maia, nesta quinta-feira (19.05), durante coletiva com a imprensa.
Maia analisou os últimos números do desmatamento, divulgados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) e anunciados nessa quarta-feira (18.05) pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
De acordo com o secretário, já foi possível identificar 36 propriedades e todas terão o mesmo tratamento. “Não compactuamos com o desmatamento ilegal e estaremos envidando todos os esforços no sentido de frear o seu avanço”, salientou Maia ao lembrar que “Mato Grosso continua sendo um exemplo de que é possível produzir com sustentabilidade”, e que as operações articuladas entre a Sema e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), continuaram a ser realizadas no Estado e as ações serão rigorosas.
O superintendente do Ibama, Ramiro Hofmeister de Almeida Martins Costa, e o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, também falaram com a imprensa. Costa falou sobre as ações conjuntas entre os dois órgãos ambientais e disse que “100% dos polígonos detectados pelo Deter já foram identificados e, dos dez maiores, pelo menos seis estão relacionadas a áreas de extração ilegal de madeira para exploração inclusive imobiliária, ou resultado de queimadas do ano passado”. O superintendente lembrou que desde o final do ano passado a situação é monitorada pelo Ibama e pela Sema e, as operações de campo, em razão dessa situação, já vem sendo intensificadas desde fevereiro. “Algumas dessas áreas inclusive já foram embargadas, tanto pelo Ibama como pela Sema”.
O presidente da Famato, Rui Prado, disse que se fosse possível traduzir o sentimento do setor em uma palavra seria “indignação”. “Nós produtores rurais estamos indignados pela ação desses especuladores. Não podemos esquecer que Mato Grosso é o maior produtor de grãos entre os Estado e detentor do maior rebanho do País e, 62% de nossas vegetação continua intacta. Portanto, podemos sim produzir com sustentabilidade”, disse ele.
Durante a coletiva de imprensa, o secretário de Estado do Meio Ambiente, Alexander Torres Maia, disse que “o governo condena o desmatamento ilegal e, a meta do Estado é o desmatamento ilegal zero”.
Maia falou sobre as ações de controle, monitoramento e fiscalização que o Estado vem realizando e reiterou a posição do governo de Mato Grosso no sentido de que “o Estado vai continuar a ser rigoroso no combate a essa prática ilegal. Essa situação não é novidade para o governo que vem monitorando com atenção a dinâmica do desmatamento nos últimos meses. E, em razão disso, desenvolvendo uma série de ações, de forma preventiva e repressiva, com a finalidade de coibir o avanço da degradação e sancionar os infratores”.