Cinco amostragens de 23 trechos dos principais rios mato-grossenses, em 10 municípios, foram analisadas entre 19 de junho e 08 de agosto. Entre os elementos que o estudo levou em consideração estão: quantidade de Escherichia coli (coliformes fecais); incidência elevada/anormal de enfermidades transmissíveis por via hídrica; presença de resíduos sólidos ou líquidos, como esgotos sanitários; nível de pH, entre outros fatores de risco à saúde humana estabelecidos pela Resolução nº 274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Conforme o coordenador de Monitoramento da Qualidade Ambiental, Sérgio Batista Figueiredo, a campanha de balneabilidade é realizada anualmente pelo laboratório da Coordenadoria de Monitoramento da Qualidade Ambiental da Sema. O estudo tem o objetivo de subsidiar a atuação das prefeituras e dos órgãos de fiscalização e prever consequências futuras que decorreriam de uma expansão das atividades na área e de desenvolver medidas adequadas de controle.
“A utilização da água para fins recreativos é muito comum no Estado, principalmente nos rios próximos às cidades e onde ocorre a formação de praias na época da seca. Em razão disso, torna-se relevante conhecer a qualidade da água, para garantir a preservação dos recursos hídricos e a proteção da saúde da população”.
Dos 23 locais analisados, 20 foram classificados como próprios para a prática de recreação e banho. São considerados ‘excelentes' para banhistas: a Praia do Pari, o rio Coxipó na Comunidade de Coxipó do Ouro, o Balneário Soberto (rio Coxipó Açu em Cuiabá), Rio Claro (Cuiabá), Marina do Altair (Lago de Manso – Chapada dos Guimarães), a Praia da Arara (rio das Garças) e a Praia do Quarto Crescente (rio Araguaia).
Na categoria ‘muito boa’ estão os locais Ponte de Ferro (rio Coxipó), Praia das Embaúbas (rio Cuiabá), Rio Bugre em Barra do Bugres e Praia Nortefly (rio Paraguai), Diamantino – Usina e Catira – Alto Paraguai. Já o trecho ‘satisfatório’ para banhistas são: Rio Mutuca (Cuiabá), Praia de Santo Antônio e Praia das Veredas (Rio Cuiabá – Santo Antônio do Leverger), Cachoeira da Martinha, Cachoeirinha e Cachoeira dos Namorados (Chapada dos Guimarães).
A constatação da presença de coliformes fecais, em um determinado local, acima de 2.000 mililitros (ml) em mais de 20% das amostras pode estar associada ao lançamento de esgoto sanitário ou fezes de animais ou a presença de microorganismos patogênicos. Sérgio afirma que isso aumenta a possibilidade do banhista contrair doenças, como poliomielite, cólera, hepatite, febre tifóide, gastroenterite, doenças da pele e outras.
O coordenador alerta que nos últimos dois anos há uma tendência de piora geral na qualidade da água, principalmente nos rios da região hidrográfica do Paraguai e Araguaia-Tocantins e por isso é importante realizar práticas sustentáveis voltadas à preservação da natureza no Estado. Sérgio explica que é importante também evitar o banho após a ocorrência de chuvas de maior intensidade e a ingestão de água destes locais, sem o devido tratamento. “É necessário redobrar a atenção com as crianças e idosos, que são os mais sensíveis e menos imunes que adultos”.
Serviço
Você pode comunicar a Sema caso aconteça qualquer evento ou circunstância que levante dúvidas quanto à manutenção da condição de balneabilidade do rio ou córrego. Para reclamações ou sugestões, está disponível o e-mail qualidadedaagua@sema.mt.gov.br e o telefone da ouvidoria 0800-65-3838. Se quiser sugerir um local em seu município não listado nesta campanha, basta protocolar um ofício na secretaria solicitando a inclusão do trecho. Lembrando que o rio a ser analisado precisa ser frequentado por pessoas com objetivo de banho e lazer. Para mais informações, acesse o relatório completo no link Balneabilidade do site da Sema: www.sema.mt.gov.br (ícone balneabilidade na capa do site).