O governador Silval Barbosa concedeu, na manhã desta sexta-feira (04.02), uma entrevista exclusiva, por telefone, à jornalista Beth Begonha, que comanda o programa "Amazônia Brasileira", da Rádio Nacional da Amazônia, e vem fazendo uma série de entrevistas com os governadores da região amazônica.
A entrevista foi ao ar às 8h30 (horário local) e o governador Silval Barbosa começou falando do desafio do Estado continuar crescendo à taxa de 10% ao ano e manter-se como maior produtor de fibras e proteínas bovinas, e ao mesmo tempo garantir que esse crescimento se estenda aos mais diferentes segmentos sociais. "Mato Grosso precisa agregar valores à esta riqueza que é produzida aqui, mas que acaba saindo em grande parte 'in natura', proporcionando riquezas a outras regiões do País", destacou o chefe do Executivo estadual já complementando que o Governo está "trabalhando para mudar esse quadro".
No caso da mobilidade social pela qual os moradores de Mato Grosso estão passando, Silval Barbosa citou os números do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que comprovam que foram tirados cerca de 277 mil pessoas da linha de pobreza, das 638 mil registradas em 2002. "Avançamos, não só na construção de estradas, na logística, como também na área de habitação, da saúde, da segurança pública e tiramos, sim, mais de 277 mil pessoas da linha de pobreza, e a luta é para tirar mais pessoas", enfatizou.
Silval Barbosa lembrou que o crescimento em Mato Grosso respeita o príncipio da sustentabilidade, que o Estado ocupa em torno de 7,9% de seu território na produção dessa riqueza e tem 64% de área preservada e o governo vem trabalhando junto aos setores produtivos a regularização do passivo ambiental. "Mato Grosso vai triplicar a produção sem derrubar um pé de árvore, investindo em novas tecnologias e fazendo a recuperação de áreas degradadas", frisou o governador.
A formação indígena também foi abordada durante a entrevista. Ele argumentou que pelo menos 400 indígenas foram graduados pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), por meio da Faculdade Indígena Intercultural; e em 2010 foi concluída a primeira turma de professores de ensino médio. Foram formados 298 professores do magistério multicultural com duração de cinco anos. São professores indígenas preparados para trabalhar nas 68 escolas estaduais em execução nas reservas. A questão de jurisdição sob a Funai ainda inviabiliza alguns projetos de capacitação para os indígenas, mas, conforme contou Silval, "o Governo, por meio da Casa Civil, vem buscando firmar parcerias que apoiem os trabalhos junto aos povos indígenas".
RÁDIO AMAZÔNIA
A Rádio Nacional da Amazônia, que faz parte da Empresa Brasil de Comunicação, é uma emissora de caráter popular que busca fortalecer o elo entre as comunidades da Amazônia, valorizando e divulgando a diversidade cultural da região. As pautas nascem das demandas da população amazônida por inclusão social. Ela funciona desde setembro de 1977, e transmite em ondas curtas para a região amazônica, com cobertura de mais da metade do território nacional. Atinge, potencialmente, 60 milhões de habitantes, com um sinal que chega em toda a região Norte, além de Maranhão, Piauí, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e outros estados.