Em sua segunda visita a Mato Grosso, o embaixador da Noruega no Brasil, Nils Martin Gunneng, reiterou o interesse do governo norueguês em destinar recursos para contribuir com o desenvolvimento sustentável. A afirmação foi feita em encontro com o governador Mauro Mendes, na segunda-feira (19.02) no Palácio Paiaguás.
A secretária de Meio Ambiente Mauren Lazzaretti destacou a parceria do estado com o governo Norueguês e agradeceu a visita do embaixador. "A Noruega tem atuado fortemente no âmbito da cooperação internacional em ações e projetos que visam a preservação do meio ambiente. O pais é também um dos maiores doadores do Fundo Amazônia, que financia vários projetos importantes em Mato Grosso".
"Falamos sobre assuntos de crescimento econômico e preservação da floresta. Mato Grosso já mostrou que é possível fazer as duas coisas ao mesmo tempo. O mais concreto é o projeto Fundo Verde, financiado por Noruega e Holanda, que está disponível para o estado", destacou o diplomata norueguês que esteve no estado pela primeira vez em 2017.
O diretor Executivo da Estratégia PCI, Fernando Sampaio, participou da reunião e lembrou que Mato Grosso é o primeiro estado da federação considerado apto a receber investimentos do Fundo Verde para financiar projetos de recuperação de áreas degradadas e reflorestamento, garantindo um retorno ambiental consistente.
"A Noruega é um dos grandes financiadores do mundo de ações relacionadas ao clima, agricultura, floresta e eles consideram um exemplo estados grandes que conseguem desvincular a produção do desmatamento. Mato Grosso tem feito isso, aumentando cada vez mais a produção e diminuindo o desmatamento", afirmou.
Estratégia PCI - Fernando Sampaio destacou ainda que o país europeu tem apoiado desde o início, junto com outras instituições como Instituto de Desenvolvimento Humano (IDH) da Holanda e o banco KFW da Alemanha, a estratégia Preservar, Conservar e Incluir. A PCI foi lançada em Mato Grosso durante a COP 21, que aconteceu em Paris em 2015, e inclui 21 metas claras para aliar produção com conservação ambiental e inclusão social.
As metas foram desenvolvidas por meio de processos participativos que incluíram atores de setores públicos, privados e sem fins lucrativos e buscam o desmatamento líquido zero em todo o estado e zerar emissões líquidas de carbono florestal até 2030, mantendo aproximadamente 6 gigatoneladas de CO2 fora da atmosfera, além de manter no mínimo 60% da cobertura vegetal nativa.