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SEMA
Publicado: Segunda, 25 de Março de 2019, 19h35 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 14h20 | Acessos: 301 | Categoria: Notícias

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O auditório da futura sede dos conselhos do setor ambiental de Mato Grosso receberá o nome do cineasta, pesquisador e ecologista Arne Sucksdorff. No espaço ainda será construído um memorial para abrigar o acervo de 11 mil slides do Pantanal doado pelo artista para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) há 35 anos.

Com a inauguração da nova sede dos conselhos, a gestão da Pasta acredita que a obra do artista, que promoveu a divulgação internacional do Pantanal e de Mato Grosso, ficará mais acessível ao público externo, uma vez que o auditório também será decorado com obras do artista.

Além de auditório para a reuniões ordinárias e extraordinárias, o novo espaço terá salas para as estruturas administrativas dos conselhos estaduais de Meio Ambiente (Consema), Recursos Hídricos (Cehidro), da Pesca (Cepesca) e futuramente o Fórum Mato-Grossense de Mudanças Climáticas (FMMC). Cada conselho é composto por cerca de 20 entidades e realiza ao menos uma reunião mensal.

"Acreditamos que ao homenageá-lo com o memorial na sede dos conselhos vamos manter viva a obra do artista e ampliar a visibilidade do acervo que nos foi doado tão carinhosamente. Inclusive, vamos honrar o desejo do próprio Arne que ao nos presentear pediu que o material fosse amplamente divulgado", explicou a secretária de Estado Mauren Lazzaretti em reunião como filho do cineasta, Anders Sucksdorff.

Para ele, a Sema soube encontrar uma boa solução para preservação do acervo e do legado do cineasta. Também foi acordado que os slides ficarão temporariamente na sala de reuniões do gabinete da Sema até que as obras da sede dos conselhos sejam concluídas.

A sede também contará com sala de estudos para que os servidores da Pasta possam consultar os livros técnicos hoje disponíveis na biblioteca setorial da Sema. A proposta foi apresentada aos servidores da Superintendência de Educação Ambiental (SUEA) na tarde desta sexta-feira (08) e os analistas irão apresentar à gestão sugestões de como realizar o gerenciamento do acervo técnico, garantindo a integridade dos livros.

Evolução tecnológica

De acordo com a equipe de gestores da Sema, as questões administrativas que levaram à desativação da biblioteca é uma ação distinta à manutenção do acervo. Com menos de um visitante por dia, a biblioteca, além do alto custo, entrou em desuso devido à evolução tecnológica. "O objetivo é dar mais eficiência à gestão, reduzindo custos e ampliando o acesso ao acervo público que temos hoje na biblioteca", complementou o secretário adjunto Executivo, Alex Marega.

Atualmente, os relatórios de Estudo de Impacto Ambiental são entregues para a Sema em arquivo digital. Além disso, os arquivos físicos que existem na biblioteca serão digitalizados para disponibilização no Portal Transparência, cumprindo os acordos firmados com o Ministério Público Estadual para publicização das informações ambientais.

Já as cartografias poderão ser melhor aproveitadas por estudantes e pesquisadores, uma vez que a própria Secretaria utiliza apenas os serviços digitais disponíveis nas bases georreferenciadas.  Os livros técnicos utilizados pelos servidores para consulta serão distribuídos entre as superintendências para melhor aproveitamento do conteúdo.

As demais publicações e o endereço de consulta 24 horas (PHL) serão disponibilizados à Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer para que esta faça o gerenciamento do acervo e defina a melhor estratégia de disponibilização do material. Representantes da pasta estão trabalhando em conjunto com a Sema com o compromisso de democratizar o acesso aos materiais que compõem o acervo.

Com a reestruturação, local irá abrigar os técnicos que serão contratados para validação do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Em janeiro de 2019, o Governo de Mato Grosso, por meio das secretarias de Meio Ambiente e Segurança Pública, firmou com o Ministério Público do Estado (MPE) Termo de Compromisso Ambiental (TCA) para regularização ambiental dos imóveis rurais do Estado. O plano de ações propositivas prevê melhorias no Sistema Mato-Grossense de Cadastro Ambiental Rural (Simcar), melhorias nos procedimentos de análise, ampliação no quadro de analistas e estabelece um cronograma para análise e validação dos registros.

Amor pelo Pantanal

Arne Sucksdorff foi um cineasta, pesquisador e ecologista sueco que viveu no Brasil por mais de 30 anos. Especialista em documentários, o artista recebeu alguns dos mais importantes prêmios do cinema mundial, entre eles, Oscar de Melhor Curta-metragem em 1949 pelo filme "Ritmos da Cidade", no Festival de Cannes, ganhou o prêmio de Melhor Curta-Metragem com "Vila Indiana" em 1952 e a Palma de Ouro de Melhor Filme em 1954 com "A Grande Aventura".

Após ministrar um curso de cinema para jovens cineastas brasileiros no Rio de Janeiro, a convite do governo federal e da Unesco, no final dos anos 50, Arne Sucksdorff se apaixonou pelo Pantanal mato-grossense em 1968. Em 1971, realizou para o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) o longa "Mundo à Parte", em quatro episódios: "Os Anos Felizes", "Os Anos na Selva", "Manha de Jacaré" e "O Reino da Selva".

Em 1981, publicou o livro de fotos "Pantanal, um Paraíso Perdido", obra que encantou o mundo e é considerada um importante marco para a divulgação internacional do Pantanal, hoje destino aclamado em guias internacionais de ecoturismo.

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