Entre os destaques apresentados pelo secretário da pasta, André Baby, estão os processos de descentralização e desconcentração para chegar mais perto dos cidadãos, a implantação do Sistema Mato-Grossense de Cadastro Ambiental Rural (Simcar), gestão eficiente dos licenciamentos ambientais, ações de controle o monitoramento, criminalização de infratores, além de da inauguração da primeira Base Aérea de Combate a Incêndios Florestais no Norte de Mato Grosso e da construção do Plano de Combate ao Desmatamento e Incêndios Florestais.
Segundo o gestor, as ações foram concebidas visando atender a pluralidade do Estado, garantindo sustentação jurídica e a rastreabilidade dos produtos mato-grossenses. “Precisamos monitorar para conservar e neste processo também investimos em gestão de pessoas e capacitação para que os servidores estejam alinhados com este propósito”, completa.
Conhecer a realidade de quem trabalha diretamente com a operacionalização das ações é o foco principal da visita para os noruegueses, afirma o CEO da Denofa, Bjorn Thomsen. “Conheço Mato Grosso há décadas, mas vir aqui é fundamental para entendermos melhor o cenário e contarmos a história de vocês para os varejistas e consumidores. O Estado fez algo muito importante que é colocar governo, empresários e terceiro setor na mesma mesa e também queremos saber como podemos apoia-los”, destaca o executivo.
O diretor-executivo do Comitê Estadual da Estratégia PCI, Fernando Sampaio, lembra que a estratégia foi concebida com uma pluralidade de ações para que os investidores possam escolher a melhor forma de apoiar a produção sustentável em Mato Grosso. De acordo com Sampaio, há desde a possibilidade de investir em ações voltadas para a agricultura familiar e comunidades tradicionais, do eixo incluir, quanto o investimento em políticas de conservação ambiental, entre outros. “Nesta fase do projeto, estamos criando mecanismos de financiamento para captação de recursos”.
Unindo produção, conservação e inclusão, a estratégia foi, desde o início, construída colocando os diversos setores interessados na mesma mesa. A diretora de Sustentabilidade, Comunicação e Compliance da Amaggi, Juliana Lopes, explica que ver na prática o empenho das pessoas que estão pensando o futuro do planeta auxilia a entender a realidade e desafios enfrentados localmente e assim identificar os pontos em que eles possam contribuir para o desenvolvimento da região. A empresa foi a primeira instituição do setor privado a se juntar às discussões para concepção da PCI desde antes da sua apresentação na COP 21, realizada em Paris.
“A PCI é uma iniciativa muito diferente de tudo que existe no mundo atual, porque tem um apoio muito forte do governo, que entendeu isso como uma forma de desenvolvimento do Estado. Tem o apoio de produtores e das associações representativas e das ONGs. Conseguimos reunir todo mundo no mesmo objetivo, e isso faz muita diferença no mercado e na questão das mudanças climáticas”, completa Juliana. Sobre a união de diversos setores em torno de um único de um objetivo, Thomsen completa: “De mãos dadas, podemos voar”.