No Dia da Árvore, comemorado nesta quinta-feira (21.09), ele caminha pelo pátio interno da Sema onde foi responsável por grande parte das árvores plantadas, ao menos 50, e explica a importância delas para qualidade de vida dos 700 profissionais que trabalham na sede. Também enfatiza a importância delas para o embelezamento do espaço público. “Na época da seca, fica mais nítida ainda a necessidade da arborização, que ameniza o calor, oferecendo sombra e aumento a umidade relativa do ar”.
Orgulhoso, ele mostra o cajueiro que ele plantou dar seus primeiros frutos, no estacionamento da secretaria. Mais à frente, tem um pé de acerola e um pé de aricá, que no final de julho ou início de agosto encanta os servidores com sua floração rosa. Ao lado da biblioteca, outro pé de caju faz sombra para os carros e também serve de esconderijo para os pássaros ao sol forte. “Temos ainda pés de lixeira, ipê rosa, amarelo, uma mangueira e pés de pequi, a maioria espécies do cerrado que ficam ainda mais bonitas na época da estiagem”.
Mas há uma árvore que ele aguarda o ano todo, ansioso, para acompanhar o desabrochar: o ipê branco. “É um espetáculo que vale a pena contemplar e que fica registrado na memória para o resto da vida, a beleza da natureza inspira, harmoniza, traz vida ao ser humano”. Ele conta um segredo para ajudar no cuidado delas: fazer o plantio nas proximidades do ar condicionado e fazer aproveitamento da água para irrigação constante.
Em sua chácara, nas proximidades de Cuiabá, ele tem mais de 500 espécies, a maioria nativas de Mato Grosso. “As frutíferas são as minhas preferidas, essa paixão por elas me motiva sempre a repassar meus conhecimentos às pessoas”. Sobre a desculpa de que ter uma árvore ‘dá trabalho’ ele diz que é um mito, pois com as técnicas certas, é possível conviver muito bem, elas são ótimas companheiras. “É preciso escolher uma espécie adequada para o ambiente, tenho um pé de jabuticaba, por exemplo, produzindo mesmo plantado em um vaso, dentro de casa”.
Durante a seca, quando elas perdem as folhas formando um cobertor pelo chão, o educador ambiental explica que o melhor é juntá-las e deixar onde estão, já que cumprem uma função importante com a formação de micro e macroorganismos que fazem perfurações no solo com o objetivo de levar nutrientes até a raiz das árvores nas primeiras chuvas. “Essas folhas secas são ótimos adubos, também ajudam a baixar a umidade para que as árvores possam suportar a seca, nós somos beneficados diretamente com esse processo”.
Fontes de vida, as árvores trazem frescor e reduzem o estresse dos seres humanos. Apreciadora de pássaros, a coordenadora da Educação Ambiental e Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), Gresiella Castilho, conta que às vezes dá uma pausa para observar o pôr do sol. “As árvores atraem muitos pássaros que fazem uma sinfonia no entardecer aqui na sede do órgão ambiental. Esse é um momento de conexão, relaxamento que me torna mais motivada e feliz para desempenhar meu trabalho”.
O Cerrado é uma das regiões de maior biodiversidade do mundo, e estima-se que possua mais de 6 mil espécies de árvores e 800 espécies de aves. Acredita-se que mais de 40% das espécies de plantas lenhosas e 50% das abelhas sejam endêmicas. Ao lado da Mata Atlântica, é considerado um dos dos biomas mais ricos e ameaçados do mundo.
Dia da Árvore
Cada região do nosso país possui uma árvore-símbolo, na região Centro-Oeste é o ipê-amarelo (Handroanthus albus). Comemorada no dia 21, a data foi instituída no Brasil pelo presidente Castelo Branco que sancionou um decreto-lei em 24 de fevereiro de 1965. O reflorestamento em áreas públicas ou particulares contribui positivamente com o planeta neste cenário de aquecimento global.
Nesta data, a Sema está promovendo uma atividade interna com os servidores, um concurso fotográfico com direito a brindes para os três melhores ‘momentos fotográficos’ junto às árvores da instituição. Também, às 17h, haverá dança circular e contemplação das árvores e do pôr do sol. "São atividades de conexão e relaxamento", explica a coordenadora.