“Para nós, graduandos, é muito importante este tipo de atividade, porque ficamos sempre limitados à sala de aula, aprendendo, na maioria das vezes, só na teoria. Quando partimos para a prática, vivenciamos um mundo novo onde podemos visualizar aquilo que discutimos em aula”.
Já a sua colega de turma, Analice Navarro, de 20 anos, encontrou nessa visita uma oportunidade para direcionar a área de atuação após conclusão do curso. Ela está em dúvida entre atuar no setor laboratorial ou administrativo. “Saio daqui com a bagagem cheia de conhecimento e pronta para seguir minha caminhada para o futuro”.
A secretária-adjunta de Licenciamento Ambiental da Sema, Mauren Lazzaretti, avaliou positivamente a visita e parabenizou os alunos pelo interesse e empenho em serem engenheiros de qualidade. Ela acredita que é por meio da integração da sociedade com a Sema que os objetivos voltados para a conservação ambiental serão alcançados. “Estamos de portas abertas para contribuir com a formação adequada dos futuros profissionais”.
O laboratório é coordenado pelo o químico e mestre em Recursos Hídricos, Sergio Batista de Figueiredo. Durante a visita dos alunos, ele falou sobre uma das vantagens da rede de monitoramento da Sema que, ao contrário de outros estados, está bem distribuída entre as três regiões hidrográficas: Paraguai, Amazônica e Tocantins-Araguaia.
Sobre o laboratório
O laboratório da Sema recebeu, no ano passado, investimentos de R$ 600 mil da Agência Nacional da Água (ANA), a partir da aquisição de equipamentos, veículos, barcos e motores. A proposta é dar início este ano à operação da Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade da Água, do programa Qualiágua. A iniciativa prevê mais R$ 1,6 milhão em recursos para o estado ampliar o número de estações de monitoramento de 82 para 150, nos próximos cinco anos.
Além disso, analisa entre 28 e 32 parâmetros, um índice relativamente alto que incluem características da qualidade da água, como pH, cor, condutividade, temperatura da água e do ar, alcalinidade, níveis de fósforo, nitrogênio, oxigênio, etc. Estados vizinhos adotam apenas entre 10 e 20 parâmetros.
O estudo de balneabilidade, realizado anualmente pelo laboratório, visa subsidiar a atuação das prefeituras e dos órgãos de fiscalização e prever consequências futuras que decorreriam de uma expansão das atividades na área e de desenvolver medidas adequadas de controle.
Esta foi a primeira vez que o estudante Jonathan Lopes, de 19 anos, esteve no laboratório. Para ele, a aula de campo foi uma aventura em meio aos equipamentos de trabalho conhecidos apenas na teoria. Uma das máquinas que chamou sua atenção foi o cromatógrafo iônico, que avalia os íons da amostra de água coletada.