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SEMA
Publicado: Quarta, 02 de Agosto de 2017, 19h44 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 14h46 | Acessos: 198 | Categoria: Notícias
 
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Estação seca proporciona as condições ideais para a propagação do fogo, mas o comportamento das pessoas é a principal causa
O número de atendimentos a queimadas urbanas e de incêndios florestais referente ao mês de julho foi apresentado nesta terça (01/08) pelo Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT). Foram 101 incêndios florestais e 510 incêndios em terrenos urbanos somente no mês em que se iniciou o período proibitivo de queimadas. Os dados apresentam as ocorrências de todo o estado e trazem uma nova leitura sobre os incêndios em vegetação já que é o primeiro ano em que estão discriminados os incêndios florestais e as queimadas urbanas.

Até 2016 a classificação “incêndio em vegetação” abrangia as ocorrências de queimadas urbanas e florestais, desde o início de 2017 existe a separação da tipificação. Para compreender a diferença do registro, no ano de 2016 foram registrados 548 atendimentos a incêndios em vegetação no mês de julho. A soma dos dois tipos de ocorrência (611) ultrapassa o número de atendimentos em 2016.

O CBMMT está atendendo a mais ocorrências nos últimos anos com o aumento do efetivo e de equipamentos. “A população está agindo de forma mais atuante no registro de ocorrências e tem demandado mais chamados para os bombeiros de casos que antes nem sequer denunciavam. Vejo isso como resultado positivo das campanhas de conscientização, mas para resolver esse problema é preciso a mudança geral de comportamento”, afirma o TC BM Arboes Jacob.

Para atender uma simples ocorrência de queimada em área urbana o CBM precisa deslocar uma viatura e os profissionais num tempo mínimo. Da saída para combater o fogo até estar pronta para outra ocorrência a guarnição leva em média uma hora e meia. Os 510 incêndios em lotes urbanos dão uma média de 17 ocorrências por dia no mês de julho de 2017.

“O número é grande e a atuação do bombeiro militar não se restringe a incêndios, temos muitas atribuições que vão de atendimentos a acidentes de trânsito ao resgate de pessoas soterradas”, afirma o Ten Cel BM Átila Wanderley. Por isso o CBMMT busca atuar na conscientização da responsabilidade do cidadão com a prevenção de incêndios.

Uma das estratégias adotadas pelo CBMMT para a redução de incêndios florestais é a amplição do número de Brigadas Mistas. As brigadas reduzem o tempo de atendimento da ocorrência de incêndio com uma guarnição exclusiva e especializada no combate ao fogo na vegetação. Além disso, colabora com a redução do número em julho o aumento da precisão do monitoramento por satélite. Com a ferramenta as provas da origem do incêndio ficaram mais precisas e a aplicação das penalidades foi simplificada. Também soma ao esforço o trabalho conjunto das polícias e da justiça que unificou o entendimento sobre punição aos causadores de incêndios, especialmente no período proibitivo (15 de julho a 30 de setembro).

O desmembramento dos dados de incêndio em vegetação se deu pela divisão de responsabilidades com outros órgãos públicos e pela criação do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA). Dessa forma o ICMBio assumiu a responsabilidade do combate a incêndios florestais em Unidades de Conservação Federais, onde não houver unidade do CBM as prefeituras cuidam da prevenção e combate incêndios em terrenos urbanos, o Ibama fica com assentamentos rurais e Terrar Indígenas. O BEA e as brigadas mistas assumem os incêndios em parques estaduais, lavouras e florestas em geral.

Mato Grosso é um dos três maiores estados do país com área de 903.357 km². A maior parte dessa área é de competência do Corpo de Bombeiros que está distribuído em 18 unidades distribuídas estrategicamente pelo interior do estado.

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