“Manejo Florestal na Amazônia Brasileira: Os Indicadores da Sustentabilidade” surgiu de uma tese de doutorado defendida em 2012 pelo engenheiro florestal e servidor da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Marcos Antônio Camargo, e publicado este ano no site da Editora Appris.
Em sua abordagem, Marcos afirma que as atividades de exploração e os tratos silviculturais pós-exploratórios, como a condução da regeneração natural após as operações de derruba das árvores, o arraste das toras na floresta e a implantação de parcela permanente de monitoramento para medir e acompanhar a recuperação da vegetação no ambiente alterado deveriam ser monitoradas por um conjunto de critérios e indicadores de sustentabilidade, os quais precisariam estar previstos desde a elaboração do projeto.
Segundo o engenheiro, os C&I são desconhecidos por quase todos os atores que trabalham com o manejo e isso é prejudicial para o equilibro ambiental. “Se você não sabe medir, como sabe se é sustentável? ”, questiona o analista ambiental.
Usados para definir a melhor forma de manejo, esses instrumentos (C&I) consideram os aspectos ambientais, sociais e econômicos e suas interações para definir o grau de sustentabilidade alcançado pela atividade. Ele explica que o uso de coerente dessa ferramenta para avaliar a sustentabilidade do manejo florestal tem se tornado cada vez mais importante, sendo atualmente a estratégia utilizada pelas mais diversas instituições que pesquisam a sustentabilidade da atividade de manejo florestal em todo o mundo.
A obra não é direcionada somente para os engenheiros florestais, ela desperta também a curiosidade das pessoas que tem afinidade com o meio ambiente. “No livro eu pude escrever tudo aquilo que aprendi na academia e ao longo das minhas experiências profissionais. Nele falo sobre os desafios e os novos caminhos para um trabalho em prol do progresso florestal aliado ao meio ambiente”.
Como Mato Grosso possui 60% das suas florestas preservadas, é importante a capacitação constante dos profissionais que vão atuar no setor do manejo de floresta nativa, tendo em vista o potencial que a floresta em pé oferece à população. Quando bem realizado, o processo contribui com a qualidade da floresta aliada à sua exploração sustentável.