Conforme o diagnóstico, foram identificadas 204 ações em andamento no Estado executadas ou financiadas por 381 instituições públicas ou privadas que vão ao encontro dos objetivos da PCI. O levantamento apontou ainda seis temas chaves transversais entre os três eixos da Estratégia que podem ser convertidos em fatores habilitados para atingir as 21 metas estabelecidas.
O mapeamento foi realizado pela empresa de consultoria Trama, contratada pela Iniciativa para o Comércio Sustentável (IDH), entidade financiada e dirigida pelos governos dos Países Baixos, Dinamarca, Suíça e Noruega. O IDH é um dos 43 membros da PCI. O diretor-executivo do Comitê Estadual da Estratégia PCI, Fernando Sampaio, explica que o diagnóstico é a primeira fase do planejamento das ações. O próximo passo será a construção do mapa do caminho.
Conforme Sampaio, o mapa do caminho será desenhado com base nos seis temas chaves identificadas pelo mapeamento, sendo eles: mecanismos de financiamento; regularização ambiental e restauração florestal; regularização fundiária; mercados regionais e da sociobiodiversidade; agregação de valor e mercados internacionais e difusão de tecnologias e boas práticas. “A estratégia prevê até o ano de 2030 o alcance de um conjunto de metas e para atingi-las temos que desenhar esse mapa. Então, a nossa didática será apontar as ações prioritárias e resolver os gargalos”.
Para o secretário executivo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), André Torres Baby, o trabalho participativo é importante nessa etapa das discussões. Ele avalia que ao avançar nesses temas transversais automaticamente as metas ficam mais fáceis de serem alcançadas. “Assim conseguimos encontrar as soluções para as problemáticas de cada um dos eixos”.
Jean Campos, secretário do Gabinete de Assuntos Estratégicos (GAE), pasta responsável pela coordenação geral da Estratégia PCI, acredita que nunca foi tão importante a conjunção de esforços na tentativa de minimizar os danos ambientais causados pelas atividades econômicas, levando-se em conta os impactos sociais. “É preciso pensar em todos esses aspectos simultaneamente para que o desenvolvimento sustentável seja alcançado, e a Estratégia PCI responde a este desafio”, ressalta Jean.
Sobre a oficina
Um total de 60 pessoas participa da oficina. Além da Sema e do GAE, participam as Secretarias de Estado Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf), de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e de Planejamento (Seplan). Representantes de Organizações Não Governamentais (ONGs), do setor produtivo, público, privado e do terceiro setor também integram a discussão.
Os participantes foram divididos em seis grupos. Cada um ficou incumbido de elaborar propostas de ação para os temas ‘mecanismos de financiamento’, ‘regularização ambiental e restauração florestal’, ‘mercados regionais e da sociobiodiversidade’. A oficina segue nesta quarta-feira (24.05) com a mesma dinâmica de trabalho. Os temas a serem discutidos são: ‘regularização fundiária’, ‘agregação de valor e mercados internacionais’ e ‘difusão de tecnologias e boas práticas’.
Sobre o PCI
Criada em 2015, durante a Conferência do Clima de Paris (COP 21), a Estratégia PCI trata-se de uma iniciativa do Governo de Mato Grosso com a participação de instituições de diferentes setores da sociedade, que estabelece uma visão de futuro onde o desenvolvimento esteja integrado ao sustentável.
O principal objetivo do programa é buscar, por meio de parcerias público-privadas e de financiamentos voltados à integração de políticas públicas, a promoção da inclusão social, da economia de baixo carbono e a conservação ambiental, tendo como um de seus resultados a proteção do clima com a mitigação da emissão de seis gigas toneladas de dióxido de carbono na atmosfera.
A estratégia governamental prevê até o ano de 2030 o alcance de um conjunto de 21 metas distribuídas em três eixos (Produzir, Conservar e Incluir), às quais serão monitoradas e divulgadas anualmente para o acompanhamento da implementação do programa. Saiba mais sobre o programa no site da Estratégia PCI.