Durante o Fórum Exame Sustentabilidade 2016, o vice-governador e secretário de Estado de Meio Ambiente, Carlos Fávaro, afirmou ser consenso no setor produtivo a necessidade de implementação de políticas públicas sustentáveis. Para Fávaro, o Brasil já pode ser considerado como exemplo em produção com responsabilidade. O evento aconteceu na tarde de segunda-feira (28.11) no hotel Tivoli em São Paulo.
"Está provado por várias ações que é possível ter desenvolvimento sócio econômico preservando o meio ambiente, e Mato Grosso é um grande exemplo disso. Gigante em produtividade e na preservação. O grande desafio agora é achar a forma para implantar as políticas públicas sustentáveis", pontuou o vice-governador.
Citou como um bom exemplo de política pública, a iniciativa do Grupo Carrefour, adotada por Mato Grosso. A rede de supermercados só compra carne com selo de rastreabilidade do Instituto Mato-grossense de Carne (IMAC). Mato Grosso é atualmente o único estado brasileiro, e o sexto do mundo, que conta com um instituto responsável para atestar a qualidade da carne produzida.
A iniciativa coincide com a estratégia do Estado propõem: Produzir, Conversar e Incluir (PCI), construído com o apoio conjunto com ONGs e a inciativa privada e apresentada durante da COP 21, em Paris, na França.
Segundo Fávaro, Mato Grosso, em especial, está buscando um protagonismo com metas bastante audaciosas na produção sustentável. Uma vez que o governo do estado tem como foco o desmatamento ilegal zero até 2020, desafio anunciado pelo governador Pedro Taques durante a COP 21.
Lembrou que, neste contexto, Mato Grosso já conta com a redução de 19% do desmatamento de julho de 2015 a agosto de 2016, segundo dados da Secretaria de Meio Ambiente (Sema). Com 60% de área de preservação, o que equivale ao território da Grecia, Belgica, Reino Unido, uma das metas do estado e desafio é manter o índice.
Questionado por representante do Pará sobre as metas audaciosas assumidas pelo governador Pedro Taques visando a preservação do meio ambiente, Fávaro respondeu dizendo que é importante lembrar que não se brinca com populismo e meio ambiente. "Mato Grosso tem bom protagonismo em eleição. O próprio número de redução de 19% no desmatamento mostra que há uma conscientização do cidadão. E isso com certeza vai se refletir lá na frente em termos eleitorais.
Por fim, Fávaro pontuou duas importantes conquistas após a COP 21. A instituição em 31 de março do Comitê Estadual da Estratégia: Produzir, Conservar e Incluir – PCI. Além da criação do Instituto Mato-grossense da Carne - IMAC.
Metas PCI
O eixo Produzir tem como meta aumentar a eficiência da produção agropecuária: expandir a área de grãos em área de pastagem; duplicar a produtividade da pecuária; triplicar a produção florestal; substituir 6 milhões de ha de pastagens degradadas por cultivos de alta produtividade.
O Conservar tem como foco principal aumentar o controle sobre o desmatamento: reduzir o desmatamento em 90% na floresta e 95% no cerrado; manter 60% da cobertura vegetal nativa; eliminar o desmatamento ilegal até 2020; recuperar 2,7 milhões de hectares de APP e RL; compensar 1 milhão de hectares de áreas passíveis de desmatamento.
E o terceiro eixo, Incluir, irá quintuplicar a renda bruta da agricultura familiar, com o acesso universal à assistência técnica e à regularização fundiária.
Representatividade
Mato Grosso é Gigante na produção de Energia: mais de 12 mil MW; Maior produtor de Soja, de Algodão representando 59% do algodão do Brasil; de Carne Bovina: 29 milhões de cabeças de gado; responsável por 15% do pescado de água doce do Brasil; 3º maior em biodiesel; responsável por 88% do diamante e 65% do girassol do Brasil.