Uma parceria entre as Secretarias de Estado de Meio Ambiente (Sema), Desenvolvimento Econômico (Sedec) e a organização sem fins lucrativos WRI (World Resources Institutes) permitirá a realização, em março de 2017, de uma rodada de investimentos em Mato Grosso para fomentar negócios nas áreas de pecuária e agricultura de baixo carbono.
Coforme o secretário executivo da Sema, André Baby, a proposta é estruturar o evento de modo a colocar os produtores do Estado em contato com os investidores internacionais para que possam acessar recursos e, assim, desenvolver seus potenciais de produção sustentável. O credenciamento será realizado a partir de pré-requisitos, também haverá rodadas preparatórias. “O evento vai ser importante para mostrar que a Sema não faz apenas o papel de ‘cobrar’, também quer ajudar o produtor rural a se regularizar ambientalmente”.
A Diretora Executiva da WRI Brasil, Rachel Biderman, disse que a reunião realizada esta semana na Sema foi extremamente importante para alinhar as propostas da ‘Iniciativa 20x20’, que possui 1,1 bilhão de dólares em recursos para apoiar projetos e ações na área de desenvolvimento sustentável, com a estratégia Produzir, Conservar e Incluir (PCI), lançada pelo Governo do Estado na COP 21 de Paris ano passado. “Vamos selecionar casos de negócio de pequeno, médio e grande porte que são investimentos de impacto nas áreas social, ambiental e de desenvolvimento econômico”.
Investidores internacionais
A Iniciativa 20x20 é liderada por países para mudar a dinâmica da restauração da terra na América Latina e no esforço do Caribe (LAC). Desde o lançamento na COP 20, a iniciativa reuniu 11 países, três estados brasileiros e três programas regionais para mais de 28 milhões de hectares em compromissos para a restauração. Até o momento, já foram levantados mais de 730 milhões de dólares para estas metas, por meio 13 parceiros institucionais que estão motivados para lidar com múltiplas agendas de restauração regional.
Metas PCI
As metas definidas pelo programa PCI, construídas a várias mãos entre várias secretarias do Governo do Estado, setor produtivo e sociedade civil organizada, estabeleceu que Mato Grosso precisa recompor prioritariamente 1 milhão de hectares de Área de Preservação Permanente (APP) e 1,9 milhão de hectares de Reserva Legal.