Para o pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária, Alexandre Coutinho, a extensão territorial de Mato Grosso facilita o estudo de uso da terra. Ele aponta que ferramentas desenvolvidas pela estatal como o TerraClass permitirão entender as dinâmicas das áreas e por quais transições elas passaram com base em uma série histórica iniciada em 2001 para a região amazônica. O TerraClass qualifica em 12 áreas temáticas as áreas mapeadas pelo Prodes, o sistema do INPE que contabiliza anualmente o desmate por corte raso na Amazônia Legal com base em imagens de satélites.
Durante a reunião realizada em Brasília na última quarta-feira (21), o secretário de Estado de Meio Ambiente, André Baby, pontuou que o objetivo é fortalecer internamente a gestão ambiental e dar mais transparência às informações do órgão por meio do investimento em tecnologia e geoinformação. Ele acredita que o conhecimento da dinâmica do uso da terra permitirá um melhor “olhar para o futuro”.
Outro ponto abordado, é o aperfeiçoamento do licenciamento ambiental e para isso a Embrapa Meio Ambiente apresentou o software Apoia-Novo rural, ferramenta de análise de desempenho ambiental de atividades rurais, estruturada em um conjunto de 62 indicadores, distribuídos em cinco dimensões de sustentabilidade analisadas na escala do estabelecimento: Ecologia da Paisagem; Qualidade Ambiental (atmosfera, água e solo); Valores Socioculturais; Valores Econômicos e; Gestão e Administração.
“Podemos incrementar o licenciamento passando de uma análise para uma auditoria ambiental, em que será possível avaliar outros indicadores, como como a capacidade de carga do ambiente”, avalia o gestor da Sema. A proposta do órgão estadual é o estabelecimento de um acordo de cooperação para uso das metodologias.