Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > SEMA > Notícias > Meio Ambiente: Queimadas, atitudes simples podem evitar danos irreversíveis
Início do conteúdo da página
SEMA
Publicado: Segunda, 25 de Julho de 2016, 13h22 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 15h05 | Acessos: 215 | Categoria: Notícias

 

Jornal A Gazeta/Especial
agazeta_2407_copy
Reportagem no caderno Mais Vida, A Gazeta de MT, deste domingo

Deixar o quintal de casa limpo e organizado, sem folhas secas e entulhos é um bom começo para o exercício da cidadania e também evita que o fogo se espalhe na sua cidade, gerando tantos problemas nessa época do ano. Estudos do Ministério do Meio Ambiente apontam que 90% das ocorrências – nas cidades e no campo - são de origem antrópica, ou seja, resultado de ações humanas.

 

Isso significa que aquele toco de cigarro aceso descartado perto da rodovia indo para o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, neste período seco, por exemplo, pode provocar danos irreversíveis à biodiversidade (plantas e animais) e à saúde da população. O mesmo acontece com aquele produtor rural que deixa de fazer o aceiro, que é a limpeza preventiva de um terreno em volta da propriedade e matas para impedir propagação de incêndios.

O tenente coronel Paulo André Barroso, comandante do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), que é uma estrutura do Corpo de Bombeiros criada em 2014 exclusivamente para atuar em incêndios florestais e tentar tirar Mato Grosso do ranking dos que mais queimam no país, explica que não é apenas responsabilidade do Estado se preocupar com as queimadas, é um dever de todos. “O custo para ‘apagar’ fogo é altíssimo e quem paga a conta é o próprio cidadão. No ano passado, foram aplicados mais de R$ 4 milhões, este ano a previsão é a mesma”.

Elétrico e proativo, Barroso conta que este ano está redobrando os esforços para ter duas equipes de perícia que atuarão na responsabilização daqueles que teimarem em usar fogo e, com isso, gerarem incêndios florestais, especialmente em alguma das 46 unidades de conservação estaduais. No ano passado, 15 delas pegaram fogo, quase todas porque alguém colocou de forma intencional ou não, por negligência. Além de responder criminalmente, essa pessoa também poderá ajudar a pagar a conta da operação que envolve deslocamento de viaturas, homens, equipamentos e milhares de litros de água.

Floresta que chora

O fogo tem consequências drásticas ao meio ambiente e ao ser humano. Ao contrário da vegetação do cerrado, a floresta não possui nenhuma planta resistente, o que faz com que o fogo consuma tudo que estiver ao alcance impedindo que a natureza floresça e se reproduza. Outra consequência: as espécies arbóreas (árvore de grande porte) morrem dando lugar a espécies herbáceas (gramínea), conhecidas como capim ou relva. “Com isso, a floresta fica desestruturada, o verde que antes predominava passa a ser substituído pelo cipó, espinho e arbusto. Tudo isso é resultado da ganância de alguns que na maioria das vezes ateiam fogo para penetrar a floresta para extrair madeira ilegal”, explica o coordenador da Conservação e Restauração de Ecossistemas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Elton Antonio Silveira,

Ao destruir a floresta, também se polui as nascentes, águas subterrâneas e rios por meio das cinzas. O fogo compromete a qualidade do ar e a saúde humana, provocando vários tipos de doenças, principalmente respiratórias. Diferente da floresta, a estrutura do cerrado é composta por algumas plantas adeptas à queimada, como a Curatella americana (lixeira), que tem as folhas duras e ásperas. Mas Elton alerta que isso não significa que o fogo é permitido nesse ambiente.

Já na fauna os riscos também são devastadores, é a vida dos animais que entra em risco. De acordo com os médicos veterinários da Sema, Christiano Justino e Danny Franciele Moraes, ao se deparar com o fogo, o animal entra em desespero e seu primeiro pensamento é de fuga, porém, caso ele tenha filhote ou um ninho, os profissionais revelam que esse pensamento é abalado levando ele e sua família a permanecerem no local, acarretando assim para queimaduras de primeiro a terceiro grau, ou intoxicação respiratória e podendo inclusive até chegar a óbito.

“Caso consigam fugir e estejam na área rural, esses animais vão para outros ambientes que não foram atingidos pela queimada. E nas proximidades da zona urbana, quando não conseguem localizar uma área segura para ficar, eventualmente entram em residências ou vão para a beira das estradas e têm chances de serem atropelados”, alerta Danny.

Denuncie

Nas áreas urbanas o uso do fogo para limpeza do quintal é crime o ano inteiro. Na área rural, fica proibido durante o período proibitivo entre 15 de julho e 15 de setembro, podendo ser prorrogado devido às condições climáticas, é crime passível de 6 meses a 4 anos de prisão, com multas de até R$ 7,5 mil por hectare. As denúncias podem ser feitas no 193 do Corpo de Bombeiros ou diretamente nas secretarias municipais de Meio Ambiente.

Jornal A Gazeta de domingo (24/07): http://flip.gazetadigital.com.br/temp_site/edicao-27113-8d158ccbfa86692f36121a1549b64432.pdf

 

Registrado em: ,,
Fim do conteúdo da página

Coordenadoria de Atendimento ao Cidadão - CATE

0800 647 0111

Disque-Denúncia

0800 065 3838