A Engenharia Florestal surgiu no Brasil objetivando principalmente a implantação de florestas de produção, para atender à crescente demanda por madeira para processamento industrial, e reduzir a pressão sobre as florestas nativas.
Em princípio ligada às Ciências Agrárias e aos cursos de Agronomia, mas as particularidades e complexidade dos ecossistemas e atividades florestais constituíram um delineamento técnico e científico que compõe o que hoje se denomina Ciência Florestal.
Inicialmente, eram formados Agrônomos Silvicultores, que após a criação dos primeiros cursos superiores em floresta passaram a ser denominados de Engenheiros Silvicultores e posteriormente de Engenheiros Florestais.
A silvicultura, conservação e manejo de ecossistemas florestais e tecnologia de produtos florestais formam os princípios basilares da formação e atuação do Engenheiro Florestal.
Em Mato Grosso, o curso de Engenharia Florestal foi primeiramente implantado na UFMT, em Cuiabá, mas atualmente, além desta, no estado existem mais três Escolas de Engenharia Florestal, implantadas no campus da UFMT em Sinop, no Campus da UNEMAT de Alta Floresta, e no IFMT em Cáceres.
Embora a profissão de Engenheiro Florestal, tenha sido implantada em período marcado fortemente pela economia de produção, a mesma já se encontra consolidada no cenário profissional e novos desafios, motivados por mudanças da demanda social e do poder público, requerem uma postura mais atenta aos aspectos da conservação e sustentabilidade do uso dos recursos naturais incluindo o papel da floresta em mudanças climáticas e nos ciclos hidrológico em função do decréscimo da disponibilidade de água potável no planeta.
Marcos Antônio Camargo Ferreira, servidor da Sema, Bacharel em Engenharia Florestal e Mestre em Ecologia e Conservação da Biodiversidade pela a UFMT e Doutor em Ciências Florestais / Manejo Florestal pela Universidade de Brasília.