O secretário de Estado de Meio Ambiente e vice-governador, Carlos Fávaro, e sua equipe técnica receberam os representantes da empresa Copel Geração e Transmissão, responsável pela implantação da usina hidrelétrica no rio Teles Pires, a UHE Colíder. A reunião realizada nesta quinta-feira (07.07) teve o objetivo de atualizar as informações sobre o andamento do licenciamento ambiental do empreendimento que aguarda a liberação da Licença de Operação (LO) para iniciar suas atividades.
Conforme o secretário executivo da Sema, André Baby, a empresa obteve uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em abril deste ano cassando a liminar da Justiça Estadual que obrigava a empresa a suprimir 100% da vegetação da área inundada do reservatório e que suspendia o andamento das obras. “A empresa vai protocolar nos próximos 15 dias aqui na Sema as respostas das solicitações da equipe técnica, atualizando as questões referentes ao desmatamento do reservatório, percentual de áreas abertas e das áreas que ficarão fechadas, para que possamos emitir um parecer conclusivo referente às obras”.
Para o secretário Carlos Fávaro, a abertura do órgão ambiental para receber os empreendedores é uma oportunidade de esclarecer detalhes importantes e que contribuem para uma maior agilidade nos processos. “Temos trabalhado para que a Sema ofereça a devida atenção e qualidade de análise nesses grandes empreendimentos, para que o meio ambiente não saia prejudicado, e para que aqueles empreendedores que venham para Mato Grosso tenham a devida resposta, ainda que seja negativa, essa resposta deve ser com celeridade”.
O diretor-presidente da Copel, Sergio Lamy, diz estar impressionado com a gestão da Sema de Mato Grosso, por tratar os processos de licenciamento de forma responsável e produtiva. Além da UHE Colíder, a empresa também tratou de detalhes do licenciamento da Matrinchã Transmissora de Energia S.A., com subestações que estão sendo instaladas nas cidades de Paranaíta, Cláudia e Paranatinga, que também está pendente com a liberação da licença de operação.
“No caso da linha de transmissão Matrinchã, todos os questionamentos feitos pela Sema já foram atendidos. Quanto à usina de Colíder, a secretaria nos solicitou alguns estudos complementares relativos à qualidade da água (quantidade de biomassa a ser suprimida na área do reservatório). Esses estudos estão sendo concluído e serão protocolados até meados de julho. Nossa expectativa foi posta ao secretário de começar a encher o reservatório por volta de outubro e novembro, período chuvoso, para ter esse reservatório concluído até início de 2017, quando começam os testes operacionais”.
A Usina Colíder terá três unidades geradoras e 300 megawatts de potência instalada total, o que significa que poderá gerar eletricidade suficiente para atender às necessidades de pelo menos 800 mil pessoas. A barragem foi construída no leito do rio Teles Pires, um dos afluentes do rio Amazonas, entre os municípios de Nova Canaã do Norte e Itaúba. A obra foi licitada em 2010, com investimentos previstos de R$ 1,2 bilhão.