A equipe técnica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) participou da primeira reunião da Câmara Técnica no ano, reunindo todo o setor da base florestal e outras instituições parceiras na manhã desta sexta-feira (10.06), no Centro de Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem). Além de discutir pautas específicas, houve o planejamento do calendário para 2016, para retomar a periodicidade das discussões.
Conforme a secretária adjunta de Licenciamento Ambiental da Sema, Mauren Lazzaretti, a adesão de tantas instituições foi muito positiva para que o encontro obtivesse o maior número possível de contribuições para as soluções voltadas às políticas públicas do setor florestal. “Essa coesão significa um momento muito valioso para o Estado, pois estamos tratando das questões de forma integrada.”
Na reunião foi discutida a atualização do regimento interno e criadas duas câmaras temáticas, uma delas para tratar da Portaria nº 443/2014 do Ministério do Meio Ambiente (MMA), referente à Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção; e a outra para discutir e traçar novas regras para os manejos antigos e seus reflexos nos manejos atuais.
Para o analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Yugu Marcelo Miyakawa, o retorno desses encontros é produtivo, pois serevem para alinhar ações e regras das instituições, continuamente. “Esse é o fórum ideal para tratarmos dos problemas que enfrentamos no nosso cotidiano e encontrar um equilíbrio nas relações entre meio ambiente e interesses do setor produtivo.”
O diretor executivo do Cipem, Valdinei Bento dos Santos, explica que a Câmara Técnica foi criada em 2009 com a proposta de reuniões ordinárias mensais e extraordinárias para o atendimento a pautas específicas. Mas a última ocorreu no final do ano passado. “Foi muito importante a retomada de assuntos pendentes de forma mais incisiva e com decisões céleres, já que o setor representa a quarta economia do Estado e é essencial para o cumprimento das metas de desenvolvimento sustentável.”
Com uma visão positiva em relação à parceria entre as instituições, o vice-presidente da Associação Mato-Grossense de Engenheiros Florestais (Amef), Benedito Almdeia, avalia que os primeiros encaminhamentos resultarão em um avanço para o setor. A entidade integra atualmente 467 profissionais de um total de 1,2 mil em Mato Grosso. “Quanto maior a proximidade com os órgãos ambientais, até com o caráter educativo e orientativo, melhor fica a qualidade do trabalho realizado na área.”
Também participaram da reunião representantes da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mato Grosso e do Arefloresta.
