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SEMA
Publicado: Quarta, 11 de Maio de 2016, 21h27 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 15h09 | Acessos: 199 | Categoria: Notícias

 

Divulgação
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Sema e Acrismat propõe manual com técnicas de uso racional dos recursos hídricos, entre elas, a reutilização da água da chuva.
A água e o solo são alguns dos elementos primordiais utilizados na suinocultura. Fazer a gestão adequada e consciente desses bens naturais propicia uma produção mais eficiente, ambientalmente correta e econômica para o produtor. Este foi um dos enfoques do workshop realizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), que contou com a participação de pesquisadores, gestores públicos, técnicos e empresários.

Durante o encontro que terminou nesta quarta-feira (11.05), em Cuiabá, a professora adjunta do Departamento de Solos e Engenharia Rural da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e doutora em solos e plantas, Oscarlina Lúcia dos Santos, explicou que em qualquer atividade de suinocultura é necessário considerar que o solo tem diversas reações à aplicação de dejetos e a introdução repetida pode gerar acúmulo, por isso é preciso fazer a seleção da área de forma a não gerar prejuízos econômicos e ambientais. "Para receber resíduo é importante ponderar a estrutura do solo, a textura, a resistência da penetração das raízes, a capacidade de água disponível, bem como o regime da chuva da região e a condição legal e social da área, entre outros".

Economia de água

Assim como o solo, a água também tem sua especificidade. O suinocultor tem que identificar a característica da bacia hidrográfica na qual sua granja está inserida, para produzir de acordo com a realidade do local. Para o engenheiro agrícola e pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de Corcórdia (SC), Paulo Armando de Oliveira, o produtor precisar trabalhar adequadamente com a quantidade de água que ele tem disponível, por meio de uma medição do consumo da água para contabilizar o que é desperdiçado e reverter essa situação por outra mais favorável.

Uma das formas de controlar o consumo da água usada na granja é a partir de um hidrômetro. O pesquisador destaca um sistema automatizado que possibilita o acompanhamento dos gastos online. Segundo Paulo, com cerca de R$ 700 essa metodologia permite que o produtor monitore 32 hidrômetros. Outra sugestão é a utilização da água da chuva com o uso de cisternas. “O aproveitamento da água da chuva combate a escassez em períodos de estiagem e reduz o consumo e o gasto com água potável na propriedade.”

Consumo médio

Um trabalho técnico realizado pela Embrapa Suínos e Aves  aponta um consumo médio de 8,5 litros de água por dia na suinocultura. Mas é possível reduzir esse valor entre 4,5 a 6 litros diários, otimizando e planejando melhor o empreendimento. Na década de 1980, conforme a legislação vigente da época, o consumo era de 16 litros por dia. Paulo Oliveira afirma que essa disparidade estava ligada especialmente ao manejo e aos equipamentos. “Algumas soluções simples podem render bons resultados com ganho econômico para o produtor. A água desperdiçada influencia diretamente no custo para tratar e distribuir o dejeto.”

 

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