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Página inicial > SEMA > Notícias > Rios da bacia Amazônica têm a melhor qualidade de água do Estado
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SEMA
Publicado: Segunda, 25 de Abril de 2016, 19h53 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 15h11 | Acessos: 263 | Categoria: Notícias

 

 
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Em três anos de monitoramento, a Sema avaliou que nenhum dos 26 trechos analisados apresenta água ruim para banho ou consumo. A presença de mata ciliar preservada e o baixo índice populacional são as principais razões pela manutenção da qualidade da água.

Um relatório realizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) apontou que nos últimos três anos nenhum rio da bacia hidrográfica Amazônica teve a qualidade de água considerada ruim. Oito amostras foram coletadas de cada um dos 26 trechos das sub-bacias dos rios Juruena, Guaporé e Teles Pires, em 18 municípios, de 2012 a 2014. O estudo levou em consideração 28 parâmetros físicos, químicos e microbiológicos avaliando a quantidade de Escherichia coli (coliformes fecais), a coloração da água, a turbidez, concentração de fósforo total, o oxigênio dissolvido entre outros.

A qualidade da água é avaliada a cada quatro meses pelo laboratório da Coordenadoria de Monitoramento da Qualidade Ambiental da Sema, mas os dados são compilados e divulgados a cada três anos. Levando em consideração o aumento da quantidade de trechos regulares, o coordenador do setor, Sérgio Batista de Figueiredo, avalia que os dados mostram uma tendência de piora.

Mas ele entende que no geral, a qualidade da água dos rios desta bacia está boa, tendo em vista que não obteve nenhuma classificação ruim. “A bacia abrange um dos biomas mais preservados do Estado, o bioma Amazônico. Ele é pouco povoado em relação as outras bacias e ainda possui matas ciliares conservadas. Se analisarmos os pontos classificados como regulares se tratam de corpos hídricos que atravessam áreas urbanas cuja as pessoas desenvolvem ações que contribuem para a poluição das águas”.

Sérgio destaca que o relatório é uma importante fonte de informação tanto para a sociedade, que precisa entender que algumas de suas ações, como jogar lixo nas ruas, contribuem para a poluição dos rios, e também para o Estado que poderá tomar decisões voltadas para a melhoria dos recursos hídricos. “É necessário iniciativas para reverter esse quadro porque ele tende a piorar conforme cresce o número populacional. Também preciso lembrar que ações como a instalação dos Comitês de Bacia Hidrográfica e a melhoria do saneamento básico nos municípios são primordiais para garantir a qualidade da água”.

Com esse documento o Estado terá uma base contendo o histórico ambiental de seus rios e ainda poderá subsidiar as ações de gestão ambiental. Mas, para fortalecer a política de recursos hídricos, Sérgio explica que é primordial a atuação dos comitês de bacias. Dos 10 comitês existentes no Estado, dois compreendem a bacia Amazônica: o Baixo Teles Pires e Alto Teles Pires Margem Direita. “Os CBHs têm total autonomia para auxiliar o Estado a fazer a gestão da água. Eles podem propor medidas de melhorias e evitar que esses rios que estão regulares hoje sofram maiores degradação da qualidade da água no futuro”.

Detalhamento

Dos 26 trechos estudados, o documento mostra que, em 2012, vinte e quatro apresentaram a qualidade da água boa e dois foram classificados como regulares, dos quais um deles no rio Formiga, trecho que passa no município de Campos de Júlio e no rio Lira, sob a ponte da BR-163, em Sorriso. As águas dos rios Juruena, em Conquista D´Oeste; Guaporé, em Pontes de Lacerda, e Celeste, em Sorriso, foram consideradas boas neste ano, mas, em 2013 passaram para a categoria regular, enquanto o trecho do Rio Lira se manteve na mesma posição do ano anterior.

Já em 2014, o número de trechos com água boa caiu para 19, enquanto o número de pontos com a qualidade de água regular subiu para sete. Nesse período se manteve regular desde 2013 os rios Juruena, Guaporé, Celeste e, por três anos, consecutivos o rio Lira. O rio Formiga, que em 2012 estava regular, voltou para a mesma posição neste ano. Entram pela primeira vez para esta categoria os rios Juruena, no trecho da BR-364, localizado no município de Campos de Júlio, e Teles Pires, no trecho da BR-020, em Planalto da Serra.

Piora na Bacia do Paraguai

O último relatório apresentado pela Sema, em fevereiro de 2016, apontou que a qualidade da água de 11 rios da bacia hidrográfica do Paraguai piorou. Nove amostras foram coletadas de 37 trechos das sub-bacias dos rios Paraguai, Cuiabá e São Lourenço, em 23 municípios e dois distritos, durante os anos de 2012, 2013 e 2014. A má qualidade da água é um reflexo da falta de saneamento básico nos municípios, atrelado ao desmatamento das Áreas de Preservação Permanente (APP). “Preservar as margens dos rios é fundamental para manter a qualidade da água”, alerta o coordenador que anuncia que até o final de abril a Sema divulgará o resultado do monitoramento da bacia hidrográfica Araguaia-Tocantins. 

 

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