De acordo com o superintendente de Fiscalização da Sema, major PM Bruno Nascimento, a metodologia de identificação de hot spots (pontos quentes), por meio de imagens por satélite, permite que os agentes identifiquem as áreas que estão sendo desmatadas e atuem antes que a derrubada total ocorra. “O nosso objetivo aqui é justamente evitar que o desmatamento ilegal aconteça, autuando o infrator em tempo real’, explica.
Durante o mês de abril, a metodologia empregada pela Sema impediu o desmate de uma área de 800 hectares em Novo São Joaquim (490 km a Leste de Cuiabá). Na ocasião, a equipe de fiscalização apreendeu cinco tratores, dois correntões e um motor estacionário por desmatamento ilegal na Fazenda Santa Maria III. A propriedade também foi autuada em R$ 168.210,00 por desmatamento fora da reserva legal sem a devida autorização do órgão ambiental.
A segunda frente de trabalho é autuação remota. Também por meio de imagens de satélite, a equipe da Coordenadoria de Fiscalização de Flora da Sema identifica as áreas desmatadas e realiza os procedimentos para a autuação. Conforme explica Nascimento, a metodologia impede que o infrator permaneça impune.
Proteção da Floresta
O período da seca, compreendido entre maio e outubro, é considerado um dos mais críticos para o bioma amazônico, tanto por conta dos incêndios florestais, quanto pelo desmatamento ilegal. Para assegurar a conservação da floresta, a Sema também irá no combate aos incêndios e queimadas irregulares a partir de maio.
O Comitê Estadual de Gestão do Fogo realizará estudos técnicos e científicos e palestras nas escolas, capacitação de bombeiros e formação de brigadas mistas, em parceria com os municípios com maior incidência de focos de calor. O grupo também irá realizar atividades descentralizadas por meio das 17 unidades do Corpo de Bombeiros, além de realizar operações integradas que atuam desde a prevenção até a responsabilização dos infratores.