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Publicado: Quinta, 13 de Agosto de 2015, 17h58
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Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 15h40
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Categoria:
Notícias
O Parque Estadual de Águas Quentes (85 km de Cuiabá) é conhecido por seus 1,5 mil hectares distribuídos em mata e nascentes que chegam a 42ºC. Mas, devido a essa época do ano, de tempo seco e vento, o risco de queimada é iminente. Para evitar ocorrência de incêndio florestal, uma equipe de bombeiros do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) esteve durante toda esta semana no Hotel Mato Grosso Águas Quentes, capacitando os funcionários para atuar como brigadistas.
O treinamento começou na terça-feira (11) e terminou nesta quinta (13), com a presença de 12 funcionários do empreendimento que tem a concessão do espaço por 25 anos. De acordo com o chefe da seção de operação do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), major Gean Oliveira, os equipamentos usados para treinar os alunos foram abafadores, bombas-postais, equipamento de proteção individual, enxadas e foices. “Todo ano promovemos essa capacitação. Nosso objetivo é criar uma estrutura preventiva com aceiros, pontos de abastecimento de água e estrada para deslocamento da equipe.”
As pessoas que participaram do curso receberão um certificado com a carga horário de 25h, distribuídas entre aulas teóricas e práticas, com conteúdos referentes a orientações sobre incêndios florestais, legislação, importância da preservação ambiental e informação de como funciona uma equipe de brigadista. Oliveira explica que a partir de agora os funcionários do hotel têm a responsabilidade de auxiliar no combate incêndio no parque.
Para o gestor ambiental do hotel, Joabe Almeida, o parque é um local de grande relevância ecológica e beleza cênica. Esse tipo de capacitação é importante para preservação. O curso foi uma oportunidade para aprender atualização das técnicas que para melhorar o atendimento e a resposta da brigada caso algo de ruim aconteça. “Os danos causados pelo fogo podem gerar grandes prejuízos ambientais comprometendo a preservação das nascentes e do equilíbrio da fauna e flora local. Nós não queremos que isso aconteça.”
Como o parque é um local de difícil acesso por conta da serra, essa capacitação é necessária para que os funcionários estejam aptos a enfrentar qualquer situação. Eurides Reginaldo de Deus, garçom do empreendimento, entende que essa reciclagem deve mesmo ser realizada todo ano, para reforçar as informações de como lidar melhor com as queimadas, para que se possa evitar o surgimento de um incêndio. O parque já possui uma brigada composta por 15 pessoas, mas o major Oliveira viu necessidade de capacitar mais pessoas devido ao período proibitivo. “Com temperaturas altas, baixa umidade e vento a qualquer momento podemos ter surgimento de fogo na região, temos que estar atentos e nos adiantar.”
Parque Águas Quentes
O parque é a primeira unidade de conservação do Estado a ter concessão de uso público. De acordo com o coordenador de Unidades de Conservação e Áreas Protegidas da Sema, Alexandre Batistella, a rede de hotel aluga o espaço do parque e todo ano treina seus colaboradores. São R$ 400 mil por ano, recurso que é revertido para a própria manutenção da unidade de conservação seguindo a lei federal 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC).