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SEMA
Publicado: Segunda, 20 de Julho de 2015, 21h47 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 15h43 | Acessos: 250 | Categoria: Notícias



 

Meneguini/GComaguaboa
O representante da Itaipu Binacional, Jair Kotz, mostrou aos participantes como planejar as ações a partir de um modelo de gestão participativa, envolvendo todos os setores da sociedade.


A proposta de implantação do programa “Cultivando Água Boa” (CAB) é tema de um workshop que reuniu secretários e adjuntos de seis secretarias envolvidas na parceria com a empresa Itaipu Binacional. O evento ocorreu nesta segunda-feira (20.07) até as 16h. Além de definir detalhes da cooperação técnica, os gestores discutem quais microbacias hidrográficas são prioritárias para o início das ações, que têm o objetivo de adotar novos modelos de produção sustentável, a exemplo do que ocorre em cidades do Paraná, gerando maior preservação dos recursos naturais – água, solo e biodiversidade.

Para o superintendente do Meio Ambiente da Itaipu Binacional, Jair Kotz, que apresentou no início da manhã o programa CAB e seu modelo de governança aos participantes, este é um momento de grandes desafios para os atuais governos, de planejar ações que minimizem os impactos ambientais já previstos para os próximos 10 a 50 anos. Em Mato Grosso, esses impactos incluem, por exemplo, aumento da temperatura entre 2,5º C e 4º C (na visão otimista) e diminuição em 20% - ou mais - no volume das chuvas, reduzindo a vazão dos rios, o que comprometerá o abastamento da água, o sistema de produção agropecuário e o turismo. “Em um dos cenários pessimistas o Pantanal pode vir a desaparecer”, alertou.

Kotz explica que a prática do programa não depende só do poder público, exige o envolvimento de toda a sociedade, dos setores públicos municipais, estaduais e federais, empresas, Organizações Não-Governamentais (ONGs), entidades de classe, universidades e das comunidades, por isso é importante compreender como funciona um sistema de governança.

A proposta é desconstruir o atual modelo econômico focado apenas no consumo, que em pouco tempo, menos de 50 anos, tem gerado o esgotamento dos recursos naturais e acúmulo de lixo em todo planeta. “As pessoas envolvidas nessas comunidades precisam passar pelo processo de tomada de consciência e compreender que não se fala mais em degradação ambiental na terceira pessoa, não é ‘estão jogando lixo’, ‘estão poluindo’, na verdade somos nós, é o nosso modelo de vida, nós individual e coletivamente precisamos mudar”, frisou o superintendente.

A secretária de Estado de Meio Ambiente, Ana Luiza Peterlini, abriu o workshop dizendo a parceria entre as secretarias é fundamental para o desenvolvimento dos trabalhos, já que consiste em uma construção com mais de um pilar de atuação, que passa por meio ambiente, saúde, educação, assistência social e agricultura familiar. Ao visitar os municípios e acompanhar a angústia de muitos trabalhadores e produtores, ela afirma que é preciso o Governo do Estado dar respostas para que o “desenvolvimento sustentável” seja viável, praticável e uma iniciativa do próprio Estado, que deve ser um exemplo.

“O processo de desenvolvimento sustentável hoje é prioridade de governo. Quando falamos em sustentabilidade temos que entender que é um assunto novo, até pouco tempo não tínhamos essa concepção de que os bens naturais acabam. O problema da falta de água em São Paulo despertou um pouco mais nossa consciência, mas ainda assim é um grande desafio iniciar um programa como esse”, completou a gestora.

O secretário de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf), Suelme Fernandes, explicou que já foram realizadas visitas técnicas em maio deste ano a Foz do Iguaçu para conhecer as experiências em agricultura familiar com o CAB. “Trabalhando de forma integrada o comitê gestor irá propor projetos de irrigação, alimentos orgânicos/agroecológicos e temáticas que envolvam o pequeno produtor ao tema da sustentabilidade."

Além de Mato Grosso, outros governos também firmaram parceria com a Itaipu Binacional, entre eles: Minas Gerais, Distrito Federal, Guatemala, República Dominicana, Bolívia, Argentina e Uruguai (Bacia do Prata). Também há possiblidade de o Governo Federal adotá-lo na Bacia do Rio São Francisco. As ações compreendem vários eixos, como conservação do solo, água e biodiversidade; sistema de produção e consumo mais sustentáveis, com olhar especial para a inclusão social produtiva; atenção ao manejo de efluentes das atividades da agropecuária; nova cultura do reuso da água; além do desenvolvimento da cultura da responsabilidade.

Grupo de Trabalho 

A Portaria Conjunta nº 002/2015, publicada na sexta-feira (17), constituiu o Grupo de Trabalho composto por 23 membros para elaboração e incorporação, no âmbito do Estado, do programa Cultivando Água Boa, que integra as secretarias de Estado de Meio Ambiente (Sema), de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf), de Desenvolvimento Econômico (Sedec), de Educação (Seduc), de Trabalho e Assistência Social (Setas) e do Gabinete de Articulação e Desenvolvimento Regional (Gadr).

Sobre a Itaipu Binacional 

É hoje a maior geradora de energia limpa e renovável do planeta. O programa “Cultivando Água Boa” é um movimento pela sustentabilidade que visa o cuidado com as águas nos setores de distribuição de energia elétrica. Atuando desde 2003, o movimento desenvolve 25 programas de cunho socioambiental e 65 ações, além de contar com mais de 2 mil parceiros, entre estes, ONGs, instituições de ensino, cooperativas, associações comunitária e empresas públicas e privadas.

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