Mato Grosso integra a lista de signatários da Carta de Rio Branco, que é um acordo entre países e estados que compõem o GCF que preveem a redução em 80% nos desmatamentos até 2020
O governador Pedro Taques assinou nesta quarta-feira (17), em Barcelona, na Espanha, a Declaração de Rio Branco que consiste no acordo climático histórico entre 22 estados e províncias no Brasil, Indonésia, México, Nigéria, Peru, Espanha e Estados Unidos. Todos esses signatários integram a Força Tarefa dos Governadores para o Clima e as Florestas (GCF), que estão reunidos desde segunda-feira (15) durante a 8ª reunião anual do GCF. A proposta é enfrentar conjuntamente as mudanças climáticas, com baixas emissões de gases do efeito estufa, mediante a contenção de 80% do desmatamento até 2020 e a valorização da floresta em pé.
A reunião do GCF segue até sexta-feira (19) contemplando vários painéis de discussões e propostas de parcerias com setor privado e instituições financeiras mundiais. Sobre o documento, é uma declaração formal de compromisso em continuar reduzindo o desmatamento e a desenvolver parcerias com iniciativas do setor privado para alavancar oportunidades disponíveis, de forma rápida e efetiva, de fundos baseados em desempenho para a promoção do desenvolvimento econômico de base florestal. Além da preocupação com a floresta, o documento traz como fundamental o respeito com quem depende dela, como produtores, silvicultores, agricultores, pecuaristas, povos indígenas, comunidades locais, entre outros povos. "Para que possamos chegar a este objetivo, é fundamental que tenhamos maior acesso a apoio financeiro e técnico", salientou o governador Pedro Taques.
A secretária de Estado de Meio Ambiente, Ana Luiza Peterlini, afirmou que os últimos dias de reunião em Barcelona têm sido de intenso trabalho, com reuniões com os membros do GCF para discutir estratégias para a manutenção do grupo. Além disso, ela e a secretária-adjunta de Mudanças Climáticas, Elaine Corsini, e o governador Pedro Taques têm participado de agendas paralelas com instituições que possam desenvolver parceiras com sistema de REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal) brasileiro. "O resultado tem sido positivo. Muitas instituições estão interessadas em investir no Brasil, especialmente em Mato Grosso, porque veem como um Estado com muitas riquezas e potencialidades. Além disso, reconhecem os esforços feitos pelo governo no controle desmatamento."