Após 3 dias de curso, os 65 brigadistas encerram nesta tarde os treinamentos para atuarem na prevenção e combate a incêndios florestais em todo o Estado
O processo de nivelamento dos 65 bombeiros que deverão atuar em todo o Estado no período de estiagem para ações de prevenção e combate a incêndios florestais encerrou no final da tarde de ontem (27.05). A ação integra uma parceria entre o Corpo de Bombeiros Militar (CBM) e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) a partir do 'Plano de ações para prevenção às queimadas e combate a incêndios florestais', quem está sendo desenvolvido pelo Comitê do Fogo desde o início do mês de abril.
Nesta fase, os 65 militares que atuarão nas brigadas mistas nos municípios foram orientados quanto à identificação de focos de calor via satélite, localização das coordenadas geográficas, trabalho em equipe e uso de equipamentos específicos para cada caso. Na prática, houve simulação de queima em diversos pontos da cidade e no Batalhão Militar 4 (BM4) em Várzea Grande, onde os bombeiros foram apresentados aos materiais que serão utilizados para a ação.
Os R$ 16 milhões disponibilizados pelo Fundo da Amazônia serviram para a aquisição de novos equipamentos de combate, entre estes, 5 caminhões Auto Bomba Tanque Florestal (ABTF) que são específicos para uso rural. Mais robustos e com maior capacidade de armazenamento de água, foices, rastelos, enxadas (equipamentos de sapa), equipamentos de uso individual como as balaclavas que são protetores de face, e caneleiras, óculos de proteção, luvas, cantil para água e 2 aeronaves que têm capacidade de disparar 3,1 mil litros de água sobre a área atingida.
Os militares retornam agora as bases de origem e continuam a rotina normal aguardando o chamado para servirem o Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) na prevenção e combate aos incêndios florestais. O tenente coronel Barroso, comandante do BEA, explica que este processo de nivelamento foi importante para reafirmar a importância de prevenir mais do que combater e agregar funcionalidade ao processo. "Um foco de calor nem sempre é um ponto que esta sendo queimado, fazendo essa identificação via satélite podemos nos informar melhor entrando em contato com a base mais próxima."
Barroso ressalta ainda que este processo de identificação auxilia numa atuação direta de maneira eficiente. "Se constatado o fogo, vamos direcionar a equipe com a quantidade de homens necessários pra ação. Com a confirmação, podemos ver o quanto esse fogo pode se alastrar e trabalhar de forma inteligente" conclui.