Aproximadamente 10 mil hectares de áreas com desmatamento ilegal foram embargadas durante operação conjunta entre Superintendência de Fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental entre abril e início de maio.
Entre o dia 1º e 30 de abril, 95 pontos em 11 municípios foram fiscalizadas pelas equipes, totalizando 9.185 hectares de áreas identificadas com a prática do crime ambiental. Só na primeira semana de maio, cerca de 650 hectares também foram identificados com a prática de desmatamento. Entre as propriedades estão desde assentamentos de reforma agrária a grandes propriedades rurais.
A maior área embargada ocorreu na primeira quinzena do mês passado, com 6.035,42 hectares em 38 propriedades rurais, nos municípios de Sinop, Itaúba, Colíder, Gaúcha do Norte, Nova Canaã do Norte e Cláudia. Já na segunda etapa da operação, desencadeada em Porto dos Gaúchos, Tapurah, Tabaporã e Itanhangá, foram embargados aproximadamente 3.150 hectares, em 32 pontos de desmatamento, com 39 autos de infração.
Também foi constatado, na sexta-feira (08.05), desmatamento ilegal no município de Água Boa (730 km da capital), região do Vale do Araguaia, onde foram apreendidos um caminhão, um motosserra e dois tratores. E no sábado (09.05), em São Félix do Araguaia, houve o embargo de 350 hectares desmatados e a apreensão de um trator de esteira. Ninguém até o momento foi preso. Até o momento, foram aplicadas R$ 7,2 milhões em multas.
Conforme o superintendente de Fiscalização da Sema, major da PM Fagner Augusto do Nascimento, na fiscalização do último sábado, o flagrante aconteceu porque os fiscais estavam passando pelo local para chegar a novos pontos identificados pelos satélites de monitoramento quando observaram a prática ilegal.
Ele explica que no mês de abril foram inspecionados diversos pontos a partir do alerta de desmatamento proveniente de programas de controle e monitoramento da Amazônia (SAD-Imazon/Inpe). Já em maio, os alertas têm sido da base de dados vetoriais do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) da Universidade Federal de Goiás (UFG), que disponibiliza informação do Bioma Cerrado. "Nosso objetivo é mostrar a presença do Estado em todas essas regiões para coibir as práticas criminosas e valorizar o empreendedor que trabalhar na legalidade."