MONITORAMENTO DAS ESTIMATIVAS DE EMISSÃO
Os transportes atmosféricos da queima da biomassa e das emissões antropogênicas dos continentes sul-americano e africano e do oceano atlântico sul são monitorados por uma base de operações do CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), órgão integrante do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Um sistema operacional de monitoramento do transporte das emissões foi implementado em 2003 utilizando o modelo de transporte on-line 3D CATT-BRAMS (Coupled Aerosol and Tracer Transport model to the Brazilian developments on the Regional Atmospheric Modelling System). Neste modelo, a equação de conservação da massa é resolvida para monóxido de carbono (CO) e material particulado MP2,5. As fontes das emissões de gases e partículas associadas com atividades de queima da biomassa em florestas tropicais, savana e pastagens são parametrizadas e introduzidas no modelo. As fontes são distribuídas geograficamente e temporalmente e assimilados, de acordo com os focos de calor obtidos por sensoriamento remoto (AVHRR, MODIS e GOES-12). Fontes antropogênicas de CO também são incluídas seguindo as bases de dados EDGAR/Retro/CETESB. O CPTEC/INPE desta forma disponibiliza as informações da qualidade do ar, com relação ao material particulado MP2,5 e monóxido de carbono (CO) para todas as regiões do Brasil, através do site do CPTEC/INPE, atualizando o modelo 08 (oito) vezes durante o dia, durante os horários de (00h, 03h, 06h, 09h, 12h, 15h, 18h e 21h). Pelo sistema disponibilizado pelo site, também é possível visualizar os contornos municipais e a localização das sedes municipais (áreas urbanas).
Diariamente as informações da qualidade do ar dos 12 (doze) municípios pólos das unidades de planejamento da SEPLAN (Juína, Alta Floresta, Vila Rica, Barra do Garças, Cuiabá, Cáceres, Tangará da Serra, Diamantino, Sorriso, Juara e Sinop) são levantadas, para parâmetros Material Particulado 2,5 µm e monóxido de carbono. Os resultados são classificados de acordo com o índice de qualidade do ar elaborado pela Secretaria de Estado de Saúde, segundo padrões internacionais de qualidade do ar proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 5 níveis (BOA, REGULAR, INADEQUADA, MÁ E PÉSSIMA). Os levantamentos correspondem à concentração das emissões às 12h (horário em que a temperatura está elevada, e que os poluentes, em conjunto com as condições climáticas, podem ocasionar maiores danos à população exposta) do respectivo dia, no nível vertical de 74m (mais próximo do solo).
No boletim diário da qualidade do ar também são indicados os municípios que tiverem regiões no interior dos seus respectivos limites territoriais com índices de qualidade do ar INADEQUADA, MÁ e PÉSSIMA. Uma representação visual (imagem) da qualidade do ar em todo o estado também consta como componente do boletim diário.