A ideia principal da Sema é a consolidação de diretrizes para a implantação de políticas públicas para o Pantanal, capazes de produzir benefícios efetivos à conservação da região e de sua biodiversidade, garantindo a proteção do solo, da fauna e da flora na Bacia Hidrográfica do Paraguai, bem como benefícios socioeconômicos para a população pantaneira do Estado de Mato Grosso.
Esse processo é um dos resultados da Cooperação Técnica que vem sendo desenvolvida pelos Analistas de Meio Ambiente da Sema, pesquisadores do Centro de Pesquisas do Pantanal da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Embrapa Pantanal, considerados como centros de excelência nas pesquisas sobre o Pantanal e áreas úmidas, e também com Analistas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Semac).
Esperamos através deste processo, contribuir com uma realidade que necessita de apoio do Estado para viabilizar a utilização racional dos recursos naturais em cadeias produtivas sustentáveis no Pantanal.
Conforme a participação dos vários atores da sociedade civil organizada no debate que ocorreu na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, em Cuiabá, estes atores ressaltaram muito bem suas perspectivas, preocupações e ansiedades sobre terem uma legislação compatível com as diferentes culturas e seus arranjos produtivos.
As perspectivas de melhorias no relacionamento político entre os municípios e o Estado com incentivos econômicos, apoio técnico e jurídico ficaram evidentes para que a população possa sobreviver de forma mais adequada em suas regiões.
Dentre as preocupações destaca-se: a melhoria da qualidade de vida das populações, a manutenção da cultura, a qualidade da água em relação à poluição causada do esgoto doméstico e industrial lançados no rio Cuiabá e Paraguai, o lixo, o assoreamento e degradação de vários rios da Bacia do Alto Paraguai, o fomento para manejo dos peixes e a não proibição da pesca, o turismo da pesca, ecoturismo, a entrada da soja em áreas de pastagens antigas e degradadas, alteração de gramíneas nativas por outras exóticas com maior valor nutritivo para aumentar a produtividade do rebanho bovino, utilização de agrotóxicos e aos possíveis barramentos hidrelétricos.
Já as ansiedades são para terem certeza dos locais onde possam realmente trabalhar e preservar, segurança econômica e jurídica mediante uma legislação clara, a fim de buscarem alternativas tecnológicas e linhas de financiamentos para desenvolverem seus empreendimentos compatíveis com meio ambiente.