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SEMA
Publicado: Segunda, 14 de Dezembro de 2015, 11h30 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 15h59 | Acessos: 279 | Categoria: Notícias

 

Coordenação de Ecossistemas/Sema
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Cerca de 200 pessoas que vivem no entorno de quatro unidades de conservação de Mato Grosso recebem ainda este mês certificado do curso realizado desde julho, em parceria com o Senar.

Com apoio do Fundo Amazônia, duas comunidades tradicionais próximas a duas unidades de conservação estaduais de Mato Grosso iniciaram nesta sexta-feira (11) a última etapa da capacitação ‘introdução a práticas sustentáveis’. Elas participam desde julho deste ano de cursos voltados para áreas de elaboração de projeto, produção de mudas, cultivo de frutas e negócio certo rural. O curso é gratuito e segue até a próxima sexta-feira (18) com entrega de certificado de 40 horas/aula. O curso é realizado pela equipe técnica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

A comunidade do assentamento Ritinha, nas proximidades do Parque Estadual Serra de Ricardo Franco, em Vila Bela de Santíssima Trindade (521 km a sudoeste da Capital) concluiu 50% do curso, faltando apenas a entrega do projeto socioambiental que será feito neste fim de semana. Os moradores são, em sua maioria, assentados da reforma agrária e desenvolvem atividades relacionadas à pecuária leiteira. 

No início da capacitação, em julho, eles construíram o histórico da comunidade e identificaram os problemas. Depois criaram métodos para eliminar as dificuldades e assim atingir os objetivos estabelecidos. Na etapa de negócio certo rural, os alunos tiveram que entender a gestão da propriedade rural, distinguindo qual era a atividade principal, para aprender a calcular o lucro e os gastos. A capacitação foi voltada para o melhoramento da qualidade do leite.

Já a comunidade de Chiquitanos de Acorizal e Fazendinha, que vive nos arredores do Parque Estadual Serra de Santa Bárbara, em Porto Esperidião (326 km a sudoeste de Cuiabá), iniciará a última fase do curso na próxima segunda-feira (14), seguindo até sexta-feira (18). Como naquela localidade as atividades são ligadas à agricultura de subsistência, criação de pequenos animais e de gado misto, os alunos vão ter aulas sobre produção de mudas, cultivo de abacaxi e de maracujá, faltando apenas a elaboração do projeto socioambiental.

De acordo com o coordenador de Conservação e Restauração de Ecossistemas da Sema, Elton Antônio Silveira, o perfil das comunidades foi escolhido com base numa pesquisa realizada em 2014 pela Sema, que constatou que os próprios moradores dessas regiões das unidades de conservação degradavam a natureza. “O objetivo principal é orientar sobre conservar a natureza por meio de uma produção sustentável”.

Elton entende que dessa forma os alunos aprenderão métodos para evitar o desmatamento ilegal e ainda melhorar a economia das comunidades. “Eles tiram seu sustento do meio ambiente em que vivem e muitas vezes não sabem que algumas práticas são nocivas à natureza. Por isso trabalhamos para fortalecer o associativismo e o cooperativismo, proporcionando maior proteção à floresta”. As comunidades ficaram encarregadas de conseguir uma empresa financiadora para realizar os projetos socioambientais.

Depoimento

 

Coordenação de Ecossistemas/Sema
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Alunos aprendem a fazer produção de mudas, cultivo de abacaxi e de maracujá, além de práticas sustentáveis na pecuária.

Para o morador da aldeia indígena Chiquitanos, Odair Mendes de Arruda, o curso foi de extrema importância porque ensinou a comunidade sobre a importância do plantio correto e como fazer uma venda de sucesso. Ele avalia que agora os jovens indígenas não precisarão mais sair da aldeia à procura de emprego na cidade, porque já sabem como manter o comércio da comunidade sempre em alta e com qualidade. “Nós sempre víamos a Sema apenas como um órgão fiscalizador, logo a gente ficava até amedrontado. Hoje percebi que a secretaria vai além de fiscalizar, ela também pode nos capacitar para fazer o desenvolvimento da reserva crescer”.

Fundo Amazônia

Consolidação de nove unidades de conservação, fortalecimento da fiscalização e do licenciamento ambiental, com informatização dos procedimentos, e apoio às ações de desconcentração e à descentralização da gestão ambiental. Essas são as principais linhas de atuação dos 17 projetos do Fundo Amazônia que totalizam R$ 35 milhões de investimentos em Mato Grosso e que já estão em andamento pela Sema entre 2015 e 2017. Esse projeto junto às comunidades recebeu investimento de R$ 65 mil do Fundo Amazônia e R$ 15 mil do Governo do Estado.

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