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SEMA
Publicado: Quarta, 29 de Setembro de 2010, 16h12 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 15h51 | Acessos: 10194 | Categoria: Notícias
Foto: SEMA-MTRio_Papagaio
Estação de monitoramento Rio Papagaio - Integrante da rede de monitoramento da RH Amazônica

PLANO DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS

O monitoramento da qualidade das águas superficiais no estado de Mato Grosso iniciou-se no ano de 1995 e atualmente abrange rios localizados em todas as Regiões Hidrográficas do Estado (Paraguai, Araguaia-Tocantins e Amazônica), em 79 estações de monitoramento, sendo que 40 estações (definidas pela Resolução nº 16/2008 do CEHIDRO) compõem a Rede Hidrológica Básica do Estado, onde são monitorados os parâmetros de qualidade e quantidade das águas, em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA).

As atividades de monitoramento da qualidade da água no estado de Mato Grosso são realizadas pelo Laboratório de Monitoramento Ambiental da SEMA, onde fisicamente estão situadas a Coordenadoria de Monitoramento da Qualidade Ambiental e a Gerência de Laboratório e Ensaios da SEMA-MT. O Laboratório foi fundado no ano de 1988 e no início o seu foco era a implantação do monitoramento da qualidade das águas superficiais no estado, nas sub-bacias dos rios Cuiabá, Paraguai, São Lourenço, Mortes e Garças e a participação em projetos de grande vulto, como o GEF, o PNMA e o PPG7. A partir de 2005, iniciou-se um processo de consolidação das redes de monitoramento e de ampliação da sua abrangência, com o início do monitoramento das sub-bacias dos rios Teles Pires, Juruena, Arinos, Guaporé e Araguaia, o que culminou na implementação da Rede Hidrológica Básica, em 2008 (Resolução nº 16/2008 do CEHIDRO).

Em todas as estações são monitorados cerca de 30 parâmetros físicos, químicos e biológicos, de acordo com as metodologias contidas no Standard Methods of Examination of Water and Wastewater 21ª Edição e normas da ABNT, de forma a se obter uma avaliação bastante abrangente sobre a qualidade dos recursos hídricos do estado. As coletas de amostras são realizadas de acordo com o Standard Methods e o Guia de Coleta e Preservação de amostras da CETESB (1988).

É realizado em todas as estações o cálculo do Índice de Qualidade das Águas (IQA) que classifica a qualidade da águas nas gradações: ÓTIMA, BOA, MÉDIA, RUIM e MUITO RUIM, tendo como requisito principal a sua qualidade para o abastecimento público, formando um panorama acessível de avaliação da qualidade da água dos rios do estado para a população.

Também está sendo implantada a Rede de Monitoramento de Águas Subterrâneas, tendo como bacia hidrográfica piloto a sub-bacia do Rio São Lourenço, com perspectivas de expansão para todo o estado.

REDE DE MONITORAMENTO

A escolha dos pontos de amostragem e dos parâmetros a serem analisados é realizada em função do corpo d'água, do uso benéfico de suas águas, da localização de atividades que possam influenciar na sua qualidade, e da natureza das cargas poluidoras, tais como despejos industriais, esgotos domésticos, águas de drenagem agrícola ou urbana.

Para a instalação de estações de monitoramento dois critérios devem ser considerados mais importantes: a representatividade da estação quanto ao uso e ocupação do solo e a acessibilidade, pois o acesso às estações deve ser permitido durante todo o ciclo hidrológico. Locais de difícil acesso, propriedades particulares ou locais sujeitos a restrição de acesso por fenômenos sazonais (como enchentes) devem ser evitados.

Atualmente o monitoramento da qualidade das águas é realizado em 79 estações de monitoramento, que compõem a Rede Hidrológica Básica do Estado (definidas inicialmente pela Resolução nº 16/2008 do CEHIDRO). Em 40 destas estações são monitorados os parâmetros de qualidade e quantidade das águas, em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA).

Também é realizado o monitoramento da qualidade e quantidade das águas dentro de projetos de abrangência nacional, como o Projeto AQUABIO, nos municípios de Água Boa, Canarana e Querência, e em Unidades de Conservação, através do Projeto ARPA (Áreas Protegidas da Amazônia). Em virtude da experiência com o monitoramento da qualidade da água no Pantanal e região Amazônica, a SEMA-MT foi convidada a participar da elaboração do Plano Nacional de Qualidade da Água, que vai orientar o estabelecimento de uma Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade da Água, principalmente nos estados amazônicos, onde a existência de redes de monitoramento é deficitária.

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