Nos próximos meses, serão investidos cerca de R$ 5 milhões em serviços de conservação ambiental em 34 trechos de rodovias estaduais de Mato Grosso. Sete trechos ainda estão em processo de licitação na Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu) e os outros 27 já foram contratados.
Durante os serviços são executados trabalhos de roçada, recuperação de descidas d’água e meios-fios, pequenos tapa buracos e limpeza.
Os trabalhos de conservação são iniciados sempre após o término do período de chuva, quando o mato atinge cerca de 1,20 metros e, tanto o mato quanto a grama, começam a secar. De acordo com o superintendente de Obras de Transportes da Setpu, Zenildo de Castro, são várias as preocupações que exigem o trabalho de conserva das rodovias, mas a principal é a de evitar queimadas e incêndios por meio dos aceiros.
O aceiro é a roçada de cerca de três metros realizada entre o meio fio e a saia do aterro da rodovia para evitar e impedir a propagação de fogo que ocorre em virtude de baixa umidade, de incidência solar e de vegetação seca, que geram autocombustão. Além das causas naturais ainda há combustão provocada através de lixos descartados nas margens das rodovias como latas de alumínio, garrafas de vidro, “bitucas” acesas de cigarro e os próprios incêndios criminosos.
Entre os trechos que os serviços de conserva foram iniciados estão o rodoanel de Rondonópolis na MT-270; o trecho de 9 km do Distrito de Sonho Azul a Mirassol D’Oeste na MT-175; nos 36 km que vão do entroncamento da BR-163 a Santa Carmem na MT-140; nos 30 km entre o entroncamento da BR-163 a Vera na MT-225; e nos 41 km do entroncamento da BR-163 (Sinop) sentido Porto de Gaúchos na MT-220.
Também já passam pelos trabalhos de conservação o trecho de 40 km da MT-423 entre o entroncamento da BR-163 a Cláudia; os 49 km da MT-251 que vão do entroncamento da MT-351 a Chapada dos Guimarães; mais 59 km na MT-010 entre Cuiabá/Guia/entroncamento da MT-246 e Acorizal; na MT-370 são 15 km entre Poconé e o Posto Fiscal do Ibama; e outros 41 km entre Poconé e Porto Cercado.
“Todas as estradas estão suscetíveis a queimadas e, em decorrência, os usuários aos acidentes” lembrou Castro. Calor, fogo, fumaça e destruição da sinalização podem provocar sérios acidentes durante o tráfego nas estradas.
Além dos fiscais da Setpu, órgãos como defesa civil e as prefeituras ajudam no acompanhamento e informação dos cinco mil quilômetros de MTs pavimentadas que necessitam de trabalhos de conserva que geralmente são executados trimestralmente no período da seca.