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Página inicial > SEMA > Notícias > Utilização de ‘Biofertilizantes’ em Mato Grosso é tema de discussão
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SEMA
Publicado: Sexta, 30 de Março de 2012, 22h05 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 17h28 | Acessos: 681 | Categoria: Notícias

“O biofertilizante usado como adubo orgânico permite reduzir o custo de produção em torno de 40% a 70% em relação ao adubo químico. Além disso, o produtor não desperdiça os dejetos dos animais, pelo contrário, utiliza como matéria prima, reduz custos e oportuniza grandes negócios”. Foi com este discurso que o engenheiro Agrônomo de Minas Gerais, Egídio Konzen proferiu sua palestra sobre gestão adequada de dejetos de suínos durante o segundo Seminário de Biofertilizantes de Origem Animal – Bases para utilização na lavoura e adequação ambiental, realizado na sede da Famato nesta sexta-feira (30.03).



O evento foi promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf) e Secretaria do Meio Ambiente (Sema), e entidades privadas. A demanda surgiu da Associação dos Criadores de Suínos do Estado de Mato Grosso (Acrismat) para esclarecer dúvidas quanto a viabilidade, benefícios e custo dos biofertilizantes. A cadeia produtiva da suinocultura está em franca expansão em Mato Grosso e conta com 120 mil matrizes.

O presidente da Acrismat, Paulo Lucion, explica que existe grande interesse da classe produtiva em investir na implantação de biofertilizantes. A utilização de biodigestores pelos suinocultores de Lucas do Rio Verde foi apoiada pela unidade da Brasil Foods (BRF), informa o gerente José Luiz Serra. “Temos 40 integrados mantendo 100 biodigestores”. Apoio consiste em oferecer assistência técnica aos produtores. Serra defende o uso do equipamento para geração de energia - a partir da produção de gás - e dos biofertilizantes nas lavouras, sustentando que reduz os gastos.

Atualmente a aplicação de biofertilizantes como adubo nas lavouras mato-grossenses é autorizada somente durante seis meses do ano, na época de estiagem. A medida tem como objetivo evitar a contaminação das águas pelo uso excessivo do adubo líquido durante o período chuvoso, explicou a superintendente de Infraestrutura, Mineração, Indústria e Serviços da Sema, Lílian Ferreira. “Esses fertilizantes escorrem pelo solo e contaminam as águas, aumentando a produção de algas, além de apresentar riscos à saúde humana”.

Com base no que foi discutido, a Sedraf assumiu o compromisso de elaborar um documento e enviar para a Sema com o intuito de analisar a situação para normatizar o uso dos biofertilizantes em Mato Grosso. O secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), Carlos Milhomen, reforçou a importância deste debate no Estado. “A Sedraf tem um grupo de estudo que está à disposição para que a classe produtiva tire dúvidas e dê sugestões para que o Governo possa trabalhar em conjunto com a classe produtiva, instituições públicas e privadas garantindo a pujança da economia, emprego, renda, sustentabilidade de Mato Grosso sem prejudicar o meio ambiente”, reforçou.

Estiveram presentes no evento o secretário Adjunto Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luiz Carlos Alécio; médico veterinário e assessor técnico da Sedraf, responsável pela realização do evento, Paulo Bilégo; representantes da Famato, Acrismat, UFMT, Unemat e pesquisadores e tecnicos da Sema.

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