O doutorado em Biodiversidade e Biotecnologia oferecido pela Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Bionorte) iniciou as aulas em Mato Grosso nessa quinta-feira (15.03) no campus da Unemat (Universidade do Estado de Mato Grosso) em Cáceres.
Os oito alunos selecionados para o programa de pós-graduação no Estado compareceram a palestra com o professor dr. Domingos Tabajara da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), entitulada “Da planta ao medicamento” que marcou a aula inaugural. Os demais estados que integram a rede, também realizaram aulas inaugurais em datas específicas.
A coordenadora estadual do doutorado em Mato Grosso, que compõe também o comitê científico, professora drª Carolina Joana (Unemat) explicou o funcionamento da Rede Bionorte, que conta com a participação de 22 instituições, cem professores, sendo 90 do quadro permanente e outros dez professores colaboradores, e que anualmente irá ofertar cem vagas para ingresso no programa. Em Mato Grosso, seis professores, sendo três da Unemat e outros três da UFMT, compõem o quadro docente permanente, além disso, a Unemat conta com outros sete professores colaboradores do programa. Dos oito alunos que iniciam o doutorado neste ano, quatro são vinculados aos professores da Unemat e outros quatro são vinculados aos professores da UFMT.
O doutorado ofertado pela rede Bionorte conta com conceito 4 aprovado pela Capes e sua sede inicial é na Universidade Federal do Amazonas, em Manaus, mas essa sede é itinerante, o que vai possibilitar que outras instituições também possam sediar o programa. Outra diferença que a rede permite é que cada Estado oferte disciplinas, ao todo são cinco disciplinas obrigatórias, além das disciplinas optativas, em Mato Grosso, será ofertado duas disciplinas obrigatórias, com isso os alunos dos estados, poderão fazer as outras três disciplinas obrigatórias e também várias disciplinas optativas em outras instituições de ensino. Para a coordenadora da rede, essa é uma vantagem porque os alunos de Mato Grosso poderão conhecer outras realidades e ampliar o leque de conhecimentos.
Carolina Joana lembra que a implantação da Rede Bionorte é fundamental para aumentar e formar doutores que vão atuar nos estados da Amazônia Legal permitindo que as instituições nessa região possam ter programas de doutorado. Segundo ela, em decorrência dessa rede, a Capes autorizou algumas concessões, por exemplo, os professores que atuam em rede podem orientar e estar vinculados a três programas de doutorado distinto, o que não é possível em outras condições. Além disso, a possibilidade de que haja a co-orientação faz com que as instituições e os professores ganhem experiência e com isso tenham condições de ofertar cursos de doutorado próprios.
“Essa rede é muito interessante porque os professores colaboradores ganham experiência em programas de doutorado e posteriormente poderão integrar o quadro permanente do doutorado. Além disso, a Unemat se fortalece, para que a partir do momento em que tivermos o nosso doutorado, nós poderemos também registrar os doutorados em rede. Hoje, a Unemat já participa de três redes, então quando tivermos o primeiro doutorado, teremos quatro”, diz Carolina Joana.
A pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG), Áurea Regina Ignácio, comemora o inicio do programa de doutorado da Rede Bionorte e destaca o quanto é importante para Mato Grosso e para a região Amazônica em formar e manter doutores na área de biodiversidade e biotecnologia na própria região e também de ganharmos experiência para submetermos o nosso próprio doutorado. “Com esses doutorados em rede, que já participamos, nós da PRPPG estamos fazendo gestão junto ao Ministério da Educação para que ele reconheça os doutorados oferecidos em rede como sendo doutorados institucionais”.
O professor dr. Domingos Tabajara (UFMT) que abriu as aulas do doutorado em Mato Grosso e que também integra a rede Bionorte destacou como a Unemat é promissora. “A Unemat está se fortalecendo, priorizando pesquisas e parcerias com outras instituições nacionais e internacionais”, diz.