A reciclagem de pavimentação asfáltica tem se mostrado uma alternativa ecológica e com bons resultados na recuperação de estradas que foram asfaltadas há quase três décadas e, por consequência, já tiveram sua vida útil expirada. A Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu) já aplicou a técnica em segmentos de algumas rodovias do estado de Mato Grosso entre elas as MTs 251 (Chapada dos Guimarães), 040 (Santo Antônio do Leverger) e 175 (Mirassol D’Oeste).
Na MT-175, dentro do trecho que foi construído nos findos anos 80, na chegada de Mirassol D’Oeste, município distante a 300 quilômetros de Cuiabá, a restauração foi a solução encontrada para o segmento de quase quatro quilômetros onde o pavimento estava mais deteriorado. De acordo com o engenheiro civil e Superintendente de Obras de Transportes da Setpu, Zenildo de Castro, que foi o fiscal nas obras de recuperação do trecho que vai do entroncamento da BR-174 a São José dos Quatro Marcos, o segmento em questão não tinha mais condições técnicas de suportar só intervenções como tapa buraco e colocação de lama asfáltica.
Na ocasião, a empresa vencedora do certame para restauração do trecho de 31,5 quilômetros, executou a obras que custaram ao Estado, através do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) aproximadamente R$ 1,2 milhões. O restante do trecho foi recuperado através de operações tapa buraco. As obras foram concluídas no segundo semestre de 2011.
Reciclagem de pavimentação asfáltica – Um equipamento arranca cerca de 20 cm do pavimento (capa asfáltica e base), tritura, moí e coloca na umidade para compactação o material extraído que é totalmente reaproveitado na nova base. Apenas a imprimação (impermeabilização) e a capa asfáltica são executadas com novos materiais. Segundo o engenheiro civil Zenildo de Castro a restauração através da reciclagem é uma nova realidade que será cada vez mais empregada em Mato Grosso.